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Diário da Amazônia

Mulheres de caminhoneiros querem representatividade política

O Movimento Damas de Ferro formado por esposas de caminhoneiros lidera uma petição pública para Projeto de Lei de Iniciativa Popular que..

Por Redação
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Publicado: 04/10/2019 às 15h50min

O Movimento Damas de Ferro formado por esposas de caminhoneiros lidera uma petição pública para Projeto de Lei de Iniciativa Popular que possa garantir o voto fora do domicílio eleitoral aos caminhoneiros. Segundo Giseli Vaz, uma das organizadoras do Damas de Ferro, a atual legislação não contempla a categoria porque o voto em trânsito precisa ser programado com antecedência.

“O profissional caminhoneiro não tem como prever onde estará no dia seguinte. A rotina é dinâmica e precisamos de uma legislação que possa garantir o direito ao voto”, explicou.

Estimam que a cada eleição, cerca de quatro milhões de caminheiros deixam de votar por estar em viagem. “Se fosse dado o direito de votar onde estiver, teríamos representatividade política”, afirmou Giseli. O movimento já iniciou a coleta de assinaturas por todo país para propor a Lei.

Fomos impedidos de fazer parte do projeto VOTO NA ESTRADA. O projeto de iniciativa popular que teria a participação dos caminhoneiros, caminhoneiras e família, foi lançado como projeto de lei de autoria do deputado federal Nereu Crispim/PSL-RS. Será uma vitória para a categoria, caso essa atitude não seja uma manobra para impedir o nosso sonho. Sonho de votar onde estivermos para eleger representantes da categoria para nos representar no cenário federal.

Posted by Gisele Vaz on Friday, October 4, 2019

A preocupação é que o deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS) protocolou o Projeto de Lei 5384/19 com as mesmas características, mas a categoria de caminhoneiros não gostou. Temem que seja manobra para engavetar a proposta. O Movimento Damas de Ferro alega que jamais foi procurado pelo parlamentar, e que a categoria não confia na classe política, preferindo manter o Projeto de Lei de Inciativa Popular.

“Esse deputado deveria retirar o projeto para não nos prejudicar”, alertou Giseli.

Os caminhoneiros e esposas discutem ainda, a formação de uma bancada parlamentar que possa defender os interesses desses profissionais. Para isso, amadurecem em todo o país a proposta de politizar a classe. “Sempre somos boicotados com Leis e decisões políticas para nos prejudicar. Queremos ter representatividade própria”, considerou.



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