De acordo com a Secretaria de Assistência Social e da Família (Semasf), os abrigos para atender as famílias que moram em áreas de risco serão entregues somente quando o Município de Porto Velho decretar estado de emergência e calamidade pública. Onze famílias que moram em área de risco já deixaram suas casas devido a subida do nível do rio Madeira, de acordo com a Defesa Civil. O nível do rio Madeira atingiu ontem (12) a cota de 16,45 metros.
Conforme informou o secretário da Semasf, Claudi Rocha, a Defesa Civil Municipal está visitando as famílias e verificando quem está em área de risco e repassando os dados para a Semasf. Segundo o secretário, a Semasf tem recursos disponíveis para utilizar somente quando for decretado estado de calamidade pública.
“O Município decretou estado de alerta, e depois vem o estado de emergência. A partir do estado de emergência existe toda uma orientação deve ser seguida a respeito do estado de calamidade pública. Nós auxiliamos as famílias e disponibilizamos água, alimentos e barracas”, contou.
O secretário ainda informou que somente uma secretaria não dá conta de resolver sozinha os problemas de uma grande cheia. Por este motivo, a Semasf realizará o trabalho em conjunto com várias secretarias do município e do governo para atender às famílias.
“Nós vamos fazer um trabalho junto com a Sema, Secretaria de Governo, Semed, Semagric entre outras. Somente uma secretaria não daria conta de resolver o problema caso venha acontecer o pior, como uma grande cheia”, informou.
Com o aumento do nível do rio Madeira, as áreas ribeirinhas urbanas, dentre as quais os bairros São Sebastião, Nacional, Beco do Birro, Beco do Gravatal, Beco da Rede, Panair, Triângulo, e Balsa já estão sendo afetados pela cheia 2019.
Para Gracilene Cruz, moradora da Comunidade São Sebastião, localizado à margem esquerda do rio Madeira, a situação é muito preocupante. Ela e mãe trabalham no Mercado Municipal de Porto Velho, no Cai n’Água, local que foi reformado após ser afetado pela enchente histórica de 2014. Todos os dias elas atravessam o rio para ir até o local de trabalho.
“Nós estamos com medo dessa enchente porque se realmente acontecer vamos perder tudo novamente. Não será a primeira vez, será a segunda vez que vamos perder tudo. Nós não temos o auxílio de ninguém, aqui ninguém ajuda a gente. A água invade tudo aqui. Vamos ficar sem trabalho se a água invadir aqui novamente”, relatou Gracilene. As famílias que saíram de suas residências, até o momento, foram para a casa de familiares com o apoio da Defesa Civil Municipal.