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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 10/10/2018 às 07h26min

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Não é novidade ou surpresa que a época seja de estiagem

Os rigores climáticos Não é novidade ou surpresa que a época seja de estiagem, mas as autoridades já mostram preocupação com a..

Os rigores climáticos

Não é novidade ou surpresa que a época seja de estiagem, mas as autoridades já mostram preocupação com a rapidez dos efeitos negativos resultantes da seca dos rios. O que seria normal só na segunda quinzena de outubro começou a ser sentido já no final de setembro.

Os fenômenos climáticos cíclicos ensinam que povos despreparados para a ocorrência de seus efeitos sempre sofrem mais. Nesse caso, o planejamento é essencial.

Os rigores climáticos também trazem a busca pelos culpados. O primeiro da lista é o desmatamento, que na Amazônia aumentou 39% entre agosto de 2017 e julho de 2018, em relação ao mesmo período anterior, segundo o Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD).

O Sira-X, do Instituto Socioambiental na Bacia do Xingu, aferiu em agosto um desmatamento oito vezes maior que o de julho em terras indígenas no Pará. Cerca de 98 % do desmatamento do Cerrado é ilegal.

Contra esse copo meio vazio surgem pesquisadores das universidades norte-americanas afirmando que o deserto do Saara poderá no futuro ter chuvas, plantações e rica vegetação aproveitando parques eólicos e usinas fotovoltaicas.

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Levando taca

O pleito 2018 gerou muitas noticias desfavoráveis para os tucanos. Os aliados do prefeito Hildon Chaves na disputa a Assembleia Legislativa levaram taca. Mariana, a federal, desidratou quase 20 mil votos. O candidato ao governo Expedito, ex-comprador de votos e agora suspeito de comprar pesquisa do Ibope, onde tinha 43 por cento de intenções de votos daquele instituto, só viu aparecer nas urnas 32 por cento.  

Peia a vista

Nos bastidores políticos já não se tem dúvidas. O coronel Marcos Rocha (PSL) deve aplicar uma peia histórico naquele político tradicional conhecido como cavalo paraguaio, no segundo turno. O cara também é conhecido como saqueador do BERON e de vender de agulha a avião ao governo de Rondônia em sucessivas administrações. Este não é o gestor que Rondônia quer.

A coisa complicou

Para os tucanos tudo se complicou. Não bastasse a falta de votos prevista para o candidato ao governo, foi eleito como o deputado federal mais votado, Leo Moraes (Podemos), possível predador do prefeito Hildon Chaves na próxima eleição. Leo vem quente e fervendo para tomar as paliçadas do Palácio Tancredo Neves. É um dos favoritos ao pódio desde já.

Os predadores

Os deputados estaduais Ribamar Araujo (PP), José Hermínio Coelho (PC do B) e Jesuino Boabaid (PTC) levaram a pior contra os predadores da capital e não lograram a reeleição. Os dois primeiros, parlamentares de grande qualidade, o segundo foi aquele que conspirou com Maurão contra a vida do então governador Confúcio Moura em conversas telefônicas.

Nossa tradição

A tradição da Câmara de Vereadores de Porto Velho é de eleger dois a três deputados estaduais por legislatura. O rito foi cumprido neste ano com a eleição de Marcelo Cuz (PTB) e Jair Montes (PTC), beneficiados pelos votos de legendas de suas coligações e batendo favoritos na capital como Allan Queiroz (PSBB) e Alex Palitot (PTB), o último, uma decepção. Se esperava bem mais dele nas urnas.

Via Direta

*** O ano termina ainda com muitas pendências eleitorais que podem modificar os resultados das eleições proporcionais em Rondônia *** O governador tampão Daniel Pereira obteve êxito na eleição do ex-prefeito Mauro Nazif a Câmara dos Deputados, mas não conseguiu eleger o aliado Jesualdo Pires ao Senado *** Ocorre, que Jesualdo se meteu numa disputa com concorrentes regionais (houve canibalismo em Jipa) e levou a pior com seu predador Marcos Rogério *** O chororô dos perdedores é grande na capital.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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