Porto Velho/RO, 19 Março 2024 07:09:28

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 18/06/2020 às 12h06min

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Não há opção alguma fora da obediência

Expectativas ambientais Antes da pandemia, o mundo estava de olhos fixos na Amazônia à espera que o governo brasileiro superasse décadas..

Expectativas ambientais

Antes da pandemia, o mundo estava de olhos fixos na Amazônia à espera que o governo brasileiro superasse décadas de prevaricação e permissividade com os crimes ambientais. Com ela, passou também a temer a combinação de desmatamento e descontrole das doenças.

A recente visibilidade maior do Conselhão da Amazônia faz com que as esperanças gerais agora se concentrem nele. As expectativas, amplas, são de que cumpra com sucesso o papel triplo de orientar, educar e punir. Se conseguir, vai brecar a ruína da imagem do Brasil lá fora e melhorar a autoestima nacional.

A necessidade de defender o pacto democrático, apesar das ruidosas vivandeiras e dos pescadores de águas turvas, obriga a defesa das leis, da ordem, da Justiça e das instituições, que existem para proteger pessoas, propriedades e biomas. Não há opção alguma fora da obediência. As normas podem ser arguidas na Justiça ou mudadas no Congresso, mas nunca desrespeitadas.

Lei e ordem são imposições da vida civilizada. Se o Conselho da Amazônia levar adiante essa tarefa didática estará também ensinando ao mundo que o Brasil não traz desastre, mas solução.

Se cada hectare intacto da floresta presta serviços ambientais ao redor de R$ 3.500 por ano, caberia ao preocupado mundo também se preocupar em tirar esse valor dos imensos gastos com armas para aplicá-lo na defesa ambiental da civilização.

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Eleições 2020

Entre tantas cogitações, o Congresso Nacional vai decidir as datas das eleições, primeiro e segundo turno, tendo como proposta do TSE o primeiro turno em 15 de novembro e o segundo turno em 20 de dezembro, já próximo das festividades natalinas.Com isto haveria prazo suficiente para a posse dia 1 de janeiro dos prefeitos e vereadores eleitos. A prorrogação de mandatos já está descartada definitivamente contrariando os atuais detentores do poder que queriam a moleza.

Agronegócio

As exportações de soja, carne e a performance do café vão garantindo a rapadura para a economia de Rondônia, beneficiada pelo turbinado agronegócio. Não fosse isto, diante da peste do coronavirus a situação já seria grave, com o fechamento de mais de milhares de empregos pelo estado afora. Porto Velho se garante com a indústria do contracheque, já que são mais de 60 mil servidores municipais, estaduais e federais.

As dúvidas

Para dirimir dúvidas de alguns leitores que procuram informações sobre as gestões anteriores lá vai: 1 -Combatendo a especulação intensa nos anos 90, o prefeito José Guedes foi o alcaide que mais distribuiu lotes populares, com a criação dos bairros Tancredo, JK I, 2 e 3, Mariana e São Francisco. 2- Mas o petista Roberto Sobrinho segue como o grande detentor de mais ruas asfaltadas, creches e regularização fundiária 3- De Chiquilito Erse, a proeza de ser considerado pelos Instituto Datafolha, um dos melhores prefeitos do Brasil, ao lado do curitibano Jayme Lerner, na sua primeira gestão.

Bons prefeitos

Os prefeitos que tiveram boas avaliações em seus respectivos mandatos se tornaram governadores ou senadores em Rondônia. Casos de José Bianco (Ji-Paraná), Valdir Raupp e Ivo Cassol (Rolim de Moura) que foram governadores, Odacir Soares (Porto Velho) e Ernandes Amorim (Ariquemes) que foram senadores, além de Acir Gurgacz (Ji-Paraná) que cumpre mandato no Senado até 2022. Trocando em miúdos: Sendo um bom gestor, o político tem grandes chances de ver decolar sua carreira política no estado.

Com prestígio

Em época distante, quando os deputados estaduais eram respeitados e admirados, a Assembleia Legislativa de Rondônia emplacava governadores, senadores e prefeitos aos borbotões. De lá, saíram os governadores Ângelo Angelim (Vilhena, foi nomeado pelo Congresso), Oswaldo Piana Filho (Eleito pelo voto direto-Porto Velho), José de Abreu Bianco (eleito em 98-Ji-Paraná) e os senadores Ronaldo Aragão (Cacoal), Amir Lando (Porto Velho), José Bianco (Ji-Paraná) e Ernandes Amorim (Ariquemes).

Via Direta

*** Acredita-se que o PSDB, que recentemente se posicionou contrário a qualquer tentativa de impeachment do presidente Jair Bolsonaro ingresse no “Centrão”, a base de apoio do Planalto *** Sendo assim terá direito a um ministério e cargos importantes no primeiro e segundo escalões da União *** Por prudência, o vizinho estado do Acre estendeu sua quarentena até 22 de junho. Os acreanos estão considerando a tendência da aceleração da peste *** O ex-prefeito de Poro Velho Mauro Nazif (PSB) e o ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade) já não se mostram tão entusiasmados quando a disputar a prefeitura de Porto Velho no pleito deste ano *** Mas podem se trombar na peleja ao Senado em 2022 *** No interior do estado de Rondônia, os prefeitos Eduardo Japonês (PV-Vilhena), Glaucioni Nery (MDB-Cacoal) estão firmes na busca da reeleição *** Já estão inclusive alinhavando alianças para as pelejas que se aproximam.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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