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Diário da Amazônia

Nível do Rio Machado passa de 9m

O risco de cheia dos rios Machado e Urupá deixa famílias em alerta e prejudica a pesca.

Por J. Nogueira Diário da Amazônia
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Publicado: 12/02/2017 às 05h05min

Na última sexta-feira a régua marcava 9,24cm, segundo o registro feito pela ANA

Com as fortes chuvas registradas nas duas últimas semanas, o nível do rio Machado, em Ji-Paraná, ultrapassou na última sexta-feira (10) os nove metros e já ‘acende’ o alerta para as famílias ribeirinhas que residem às margens de rios e igarapés do município e cidades localizadas na região central do Estado. Na última sexta-feira (10), a régua de medição marcava 9,24cm.

Segundo o responsável pelo registro diário e enviar para a Agência Nacional de Águas (ANA), Luceni Saldanha disse que se continuar chovendo diariamente, não demorará muito para o nível ultrapassar os 10 metros, causando alagamentos em vários bairros.

Ao tomar conhecimento da elevação da água do rio Machado, o comandante do Corpo de Bombeiros local, tenente BM Dos Santos informou que a corporação já está de sobreaviso e as providências serão tomadas imediatamente. “Esse nível ainda é suportável, mesmo assim, é preciso que moradores das margens dos rios Urupá e Machado fiquem precavidos quanto a subida do rio de forma repentina como já ocorreu em anos anteriores”, alertou.

Dos Santos, que está em missão no município de Costa Marques, disse ainda, que tão logo retorne à Ji-Paraná, manterá contato com a prefeitura para uma elaboração de plano emergencial, caso seja necessário. A reportagem tentou falar com o secretário de Meio Ambiente, Reinaldo Pereira, para comentar o assunto, mas sem êxito.

Semas

Procurada, a professora e secretária de Assistência Social Sônia Reigota informou que até o momento a secretaria ainda não foi informada sobre uma possível cheia dos rios Machado e Urupá, em Ji-Paraná. Segundo ela, caso se confirme mais uma cheia a responsabilidade da sua pasta é o acolhimento das famílias atingidas e alojadas nas dependências do ginásio municipal Adão Valdir Lamota no bairro Nova Brasília. Acolhidas, todas as famílias terão assistência. O trabalho da retirada dessas pessoas, vítimas das cheias, é de responsabilidade do Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil Municipal, em parceria com a secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp).

Pesca 

O risco de cheia dos rios Machado e Urupá, além de colocar dezenas de famílias em alerta, também acaba prejudicando a pesca na região central do Estado. Segundo o presidente da Colônia de Pescadores Z-9, Manuel Dantas a entidade conta atualmente com mais de 100 pescadores associados de Ji-Paraná, Ouro Preto, Presidente Médici e Cacoal, que sobrevivem exclusivamente da pesca. Dantas lembrou que com os rios cheios, os peixes acabam se escondendo nos igarapé, dentro das matas, dificultando mais ainda o trabalho. “A preocupação aumenta mesmo quando o nível passa dos 10 metros, mais com 9,24 o peixe começa desaparecer”.



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