Não há congestionamento no local, mas o tráfego está fluindo com cautela e muitos moradores estão receosos de passar pelo local (Foto: Roni Carvalho – Diário da Amazônia)
Várias famílias que moram na área rural de Porto Velho, depois da cabeceira da ponte do rio Madeira, encontram dificuldades para chegar até a residência ou ir até a cidade devido ao transbordamento do rio Madeira que cobriu parte da BR-319, próximo a Vila do Dnit, depois da ponte. Não há congestionamento no local, mas o tráfego está fluindo com cautela e muitos moradores estão receosos de passar pelo local e com medo de perder o veículo na água.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe está fazendo o monitoramento no local desde o início da semana, quando a água começou a invadir a BR-319. A altura da água no local está em torno de 15 a 25 centímetros com uma extensão de aproximadamente 50 metros. A PRF orienta a população a ter cuidado ao atravessar, reduzir a velocidade, e evitar trafegar pelo local sem necessidade.
“Nós temos uma equipe que está indo até o local e verificando se o nível da água do local está aumentando ou não. Os motoristas têm que ter cuidado e atenção para passar pelo local e diminuir a velocidade. Nós recomendamos as pessoas que não têm necessidades de atravessar o local, que não faça a travessia, espera o nível da água baixar na pista. E para as pessoas que necessitam passar que tenham atenção ao atravessar a pista”, informou o assessor da PRF, Max Cabral.
Rosilene Frota, moradora da comunidade Terra Nova, localizada depois da ponte do rio Madeira, na área rural, teve que passar pelo local inundado para levar a mãe ao médico na cidade, mas ao voltar se deparou com o nível da água ainda mais alto e ficou com medo de passar novamente.
“A nossa estrada já está feia e chegando aqui nos deparamos com essa situação. O carro do meu cunhado caiu dentro da água e afundou, eles estavam em três, passaram um sufoco, mas estão bem. Eu vim dirigindo o meu carro e deu para passar, passei bem devagar, mas a água está subindo mais. Eu espero que o poder público coloque pelo menos um cascalho aqui no local, fazer um aterro, por que como nós vamos vir para a rua? Quem mora no sítio depende de Porto Velho pra tudo”, relatou a moradora.
Vários Guinchos estão cobrando pedágio para passar veículos no local atingido pela água. Segundo Rosilene Frota, os guinchos estão cobrado o valor de R$ 30 na ida e R$ 50 na volta para carros e R$ 15 para motocicletas. “Eu acho isso um absurdo, nem todo mundo tem esse valor, quem tem paga e quem não tem, tem que enfrentar”, disse a moradora de Terra Nova.
Com o aumento do nível do rio Madeira, várias vias e comércios em Porto Velho foram invadidos pela água da cheia. A água já chegou até a distribuidora de gás Fogás, localizada no bairro Balsa, em Porto Velho.
A água também subiu mais e invadiu a rua do Mercado do Pescado, antigo Mercado Central, no Cai N’água e já encostou na parte da calçada do Porto Cai N’água. O Beco da Rede foi completamente atingido pela cheia do Madeira. No final da avenida Farquar a água já está cobrindo parte da via. A avenida Rogério Weber, entre as ruas Jaci-Paraná e João Alfredo, no bairro Baixa União, também já foi afetada pela água e a rua Eucides da Cunha está interditada.
De acordo com a Defesa Civil, são cerca 712 famílias atingidas direta e 530 indiretamente, no total de 1.242 pessoas atingidas. O nível do rio Madeira nessa semana está oscilando entre 17,25 e 17,35 metros. Na manhã de ontem (7), o rio atingiu a cota de 17,33 metros. Em Porto Velho, 22 pessoas estão no abrigo do Ginásio Fidoca e devem chegar mais durante a semana.
