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Editorial

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Publicado: 14/05/2020 às 17h33min

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Novos Pôncios Pilatos jogam para a multidão

A pandemia do novo Coronavírus tem revelado inúmeros ocupantes de cargos público com baixa capacidade para os cargos que ocupam. Isso no..

A pandemia do novo Coronavírus tem revelado inúmeros ocupantes de cargos público com baixa capacidade para os cargos que ocupam. Isso no mundo inteiro. Não são apenas assessores ou chefes de unidades públicas, mas até mesmo ocupantes de cargos elevados tem demonstrados fragilidades nas deliberações. O faz e desfaz tem sido tão destruidor quanto a contaminação pelo vírus.

O momento tem sido revelador para o mundo inteiro, onde as decisões precisam ser acertadas e tomadas diante de grande pressão. A escolha entre a saúde pública e o bem-estar econômico tem tirado o sossego de muitos gestores. Os dois problemas existem e qual o lado merece maior peso é a grande dificuldade enfrentada.

Alguns tem agido como Pôncio Pilatos, lavando as mãos e jogando para a multidão enfurecida, o poder de tomada de decisão. Quando Pilatos condenou Jesus à morte, afirmou que a culpa daquele ato recairia sobre a multidão. Trata-se da aceitação da responsabilidade eximindo-se de culpa aparente. Esse desencargo de consciência não elimina a culpabilidade.

Os governantes têm informações privilegiadas e assessoramento técnico capaz de dizer o que deve ser feito. Através de seus editos tem o poder de fazer e desfazer atos. Lançar para a multidão faminta ou enfurecida certas decisões sem lhes dar dados para o devido discernimento é o mesmo que transferir responsabilidades. Seria cego guiando outro cego. Os governantes devem ser sóbrios o suficiente para decidir com base técnica em prol da maioria. Cabe ao povo acatar e cumprir, se tratando de regras para o bem coletivo.


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