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Publicado: 06/03/2020 às 11h46

O ano político começou agitado na Capital do Brasil

A arte da guerra O ano político começou agitado na Capital do Brasil, com o presidente Bolsonaro montando artilharia pesada contra o..

A arte da guerra

O ano político começou agitado na Capital do Brasil, com o presidente Bolsonaro montando artilharia pesada contra o Congresso Nacional. Enquanto o general Augusto Heleno, do gabinete de Segurança Institucional, deixou-se gravar reclamando de suposta chantagem de alguns parlamentares, o presidente compartilhava vídeo convocando a população para ir às ruas protestar contra o Congresso Nacional e em defesa de seu governo.

No campo de batalha, o que estava em jogo era o controle de R$ 30 bilhões do Orçamento da União, que teria execução obrigatória em 2020 por meio de emendas do Congresso Nacional, mas que Bolsonaro vetou, tirando parte do poder do Legislativo sobre o Orçamento.

O Congresso, por sua vez, ameaçou derrubar o veto presidencial e o cenário de guerra estava posto. O blefe durou pouco. A arte da guerra, com muita contrainformação via redes sociais funcionou e todos resolveram ceder um pouco pra não haver derramamento de sangue.

No fim das contas, o que vimos foi um grande acordo, com o Maia, com o Davi e com tudo. Desse modo, as convocações palacianas para as manifestações do dia 15 já começam a esfriar e a nossa democracia está salva.

Na prática, o plenário do Congresso Nacional decidiu manter o veto presidencial que trata do orçamento impositivo, nesta quarta-feira (4). A parte do Veto 52/2019 que trata da impositividade para emendas do relator-geral do Orçamento no valor de cerca de R$ 30 bilhões foi mantida. Já a parte do veto que trata da exclusão de órgãos dos contingenciamentos de verbas foi derrubada pelos deputados e senadores. Com isso, foram assegurados recursos suplementares para instituições como a Embrapa, IBGE, Ipea e Fiocruz.

Com o acordo, o resultado da primeira batalha do ano é comemorado pelo governo e visto como empate técnico pelo legislativo. Portanto, tudo indica que a peleja continua enquanto o governo alimenta a plateia a pão, circo e bananas, como sempre.

 

Bananas para o PIB

Para esconder a repercussão da divulgação do tamanho do PIB do país no primeiro ano do governo Bolsonaro, que foi de apenas 1,1%, os estrategistas do governo colocaram um humorista fantasiado de presidente entregando bananas para os jornalistas que cobrem diariamente o Palácio do Alvorada. Diante da recusa do presidente em responder aos questionamentos sobre o PIB, os repórteres deram às costas e foram embora. As bananas ficaram com a claque que segue a corte presidencial.

Semana da mulher

Na semana em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres (8 de março), os senadores defendem a votação de projetos que buscam assegurar a igualdade de gênero e combater a violência contra as mulheres. Uma proposta apresentada pela senadora Kátia Abreu (TO) na Comissão de Constituição e Justiça amplia a participação feminina nas Forças Armadas.

Mulher nas Forças Armadas

Entre outros pontos, o texto estabelece que as mulheres possam prestar o serviço militar de forma voluntária e que 30% das vagas do alistamento sejam destinadas às candidaturas femininas. Caso não haja demanda, as vagas poderão ser preenchidas por homens. Atualmente, mulheres só podem entrar nas Forças Armadas a partir de escolas de formação.

 

Parada flexível

Já o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) é relator de uma proposta em análise na Comissão de Infraestrutura que permite às mulheres o direito de desembarcar fora dos pontos de ônibus no período da noite. O objetivo é oferecer mais segurança contra assediadores, assaltantes e criminosos.