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Diário da Amazônia

O campo merece um tratamento republicano!

O governador eleito em Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL), tem pela frente um desafio republicano que mais cedo ou mais tarde, pela..

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Publicado: 04/11/2018 às 06h19min

O governador eleito em Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL), tem pela frente um desafio republicano que mais cedo ou mais tarde, pela dimensão econômica e social que representa o agronegócio, diante da insensibilidade política até então posta em prática poderá ver abaladas as estruturas de sua futura administração. A coexistência com o setor primário para o desenvolvimento da economia regional deve ser visto com foco especial voltado aos mais de 85 mil pequenos e médios produtores rurais, responsáveis pela produção de gêneros de primeira necessidade que abastecem às mesas e saciam a fome de quem habita nos grandes centros urbanos.

Lideranças do chamado agronegócio de precisão, carne, soja e milho, em Rondônia, como Jaime Bagatolli, Juca Massuti e Marcelo Lucas da Silva, e outros, que já expressaram publicamente suas opiniões sobre a importância de ações políticas fortes para sustentar de maneira sadia a produção no campo pelos agricultores familiares, sustentando o equilíbrio na geração de emprego e rendas devem ser vistas com carinho pelo staff de pensadores do futuro governo do Coronel Marcos Rocha.

Na opinião deles, bem como a de quem conhece a força que vem do campo em Rondônia, existe espaço sobrando para o desenvolvimento sustentável, entre os grandes, médios e pequenos. No entanto, não existe pelo menos que se conheça até agora uma proposta consistente para manter em alta o setor primário.

Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, gigantes nas exportações de grãos e derivados de carne, são destaques também no apoio ao crédito rural e orientações formuladas pelas empresas de extensão rural e assistência técnica, oferecendo garantia de qualidade na produção aos pequenos e médios produtores. Isso garante o equilíbrio.

Por lá, todos os candidatos, já que estamos falando sobre governador eleito, apresentam com antecedência suas propostas e programas para o agronegócio. A sociedade produtiva toma conhecimento e debate com os candidatos durante a campanha eleitoral, ouvindo as explicações sobre cada item apresentado no programa e formam suas próprias conclusões. Não tem mistério, tem que ter programa e propostas factíveis no papel, para que possam ser analisadas e cobradas depois.

Com todo o respeito, Rondônia um estado com vocação clara para o agronegócio, onde por equívocos de governantes do passado, à maioria absoluta das áreas produtivas ainda se encontram sem a devida titulação. Nenhum candidato, sem exceção, apresentou um plano público de governo consistente e duradouro para acabar com os conflitos e garantir sossego para quem produz no campo.

John Kennedy, o mais jovem presidente dos Estados Unidos, eleito em 1960, aos 33 anos, questionado certo vez por um repórter: “sobre como ele tão jovem pretendia administrar a maior potência do Planeta?” Respondeu: “tendo a humildade de ouvir os mais experientes”. A resposta para os desafios republicanos que enfrentará o Coronel Marcos Rochas sobre o agronegócio em Rondônia pode residir na humildade, em ouvir os mais experientes, que entendem do assunto.



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