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Editorial

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Publicado: 29/08/2020 às 09h20min

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O descuido com as crianças e o crescimento dos assédios

O avanço tecnológico que vem facilitando a vida humana na terra vem servido também para expandir a criminalidade. São diversas as..

O avanço tecnológico que vem facilitando a vida humana na terra vem servido também para expandir a criminalidade. São diversas as modalidades de crimes praticados e inovados diariamente com o uso da internet fácil e abrangente. Uma modalidade criminosa que já existia, mas ganhou proporção com a conectividade é a exploração sexual de crianças. A que ponto chega o indivíduo que sente atração libidinosa por um ser em formação, frágil e indefeso.

Essa prática ocorre em todas as camadas sociais e o agressor, na maioria dos casos, é alguém muito próximo. Indivíduos de diferentes idades e classes sociais mais distintas praticam essa crueldade contra vidas indefesas. A criança vítima de qualquer ato de perversão sexual praticado por individuo adulto, sofre para o resto da vida as consequências morais e psicoemocionais do ato que é considerado agressão grave. Não há desculpa de consentimento porque a criança não tem capacidade de discernimento e nem imagina as devastadoras consequências pela frente. Praticado geralmente sob severas ameaças, o impacto é deplorável para a vítima.

O uso da internet para a divulgação da pornografia infantil ou até mesmo para os assédios, tem feito dessa modalidade criminosa um negócio horroroso. No Brasil, esses crimes estão previstos no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescentes) e, apesar das punições severas, não se compara à punição imposta à vida da vítima com fortes sequelas morais e emocionais.

O combate a essa modalidade criminosa não deve ficar apenas na espera policial, que sempre faz excelente trabalho. É preciso um envolvimento mais amplo, inclusive no âmbito familiar. Os pais e responsáveis precisam ter mais cautelas com as aproximações às crianças. Independente do grau parentesco, se faz necessário observar as condutas e os interesses obscuros. Quanto à internet, os cuidados precisam ser intensos, pois os assediadores têm encontrado facilidades para agir, diante dos descuidos dos pais e responsáveis. Tudo precisa ter limites, inclusive, o livre acesso de crianças à rede mundial. 


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