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O desenvolvimento do agronegócio em Rondônia é uma realidade

Milhares de cabeças de bovinos das raças senepol, nelore, girolando, angus e Brahma, alguns criados em campo aberto e outros com..

Publicado: 25/06/2019 às 16h21
Atualizado: 25/06/2019 às 18h09

Foto: Frank Nery

Milhares de cabeças de bovinos das raças senepol, nelore, girolando, angus e Brahma, alguns criados em campo aberto e outros com melhoramento genético e cuidado na preservação das pastagens com o sistema de piquete rotacionado revelam o potencial da bovinocultura na região norte do estado de Rondônia, compreendendo a Ponta do Abunã até a divisa com o Acre.

Mas, não é só o boi que abre caminho para o desenvolvimento desta imensa área de terras férteis e planas, propícias para as culturas de lavouras de precisão como a soja e milho que começam a transformar a paisagem coberta de quiçaça, mato rasteiro e brejo, tendo a BR-364 como indutor neste processo de desenvolvimento do agronegócio.

Áreas de terras consideráveis que necessitam apenas de pequenas correções de solo, como calcário e curvas de níveis estão sendo adquiridas por agricultores do sul do estado de Rondônia e Mato Grosso, mirando as exportações pelo rio Madeira, assim que a ponte, da Ponta do Abunã estiver concluída.

 

FALTA INDÚSTRIA PARA ACELERAR O DESENVOLVIMENTO

Foto: Frank Nery

Para o produtor rural,  Valdeci Ribeiro Soares, “falta indústria para beneficiar a produção agregando valor para acelerar o desenvolvimento”. Ele vive na divisa de Rondônia com o Amazonas, distante da BR-364, 13 quilômetros no distrito de Nova Califórnia.

Valdeci, com o apoio da mulher Sueidi Aparecida, cultiva 200 mil pés de abacaxi consorciado com milho verde, quatro mil pés de melancia, garantindo uma colheita de mil frutos de ótima qualidade por safra. Ainda produz maracujá, açaí, cria frangos e galinhas caipiras e 30 vacas leiteiras que garantem a produção de 30 quilos de queijos por semana.

Transportar essa produção para comercializar em Porto Velho não compensa pela distância e ausência de infraestrutura para armazenar. Então a saída são as feiras livres nos municípios acreanos, onde possui uma freguesia fixa e com lucros garantidos.

Valdeci explora uma área de 150 hectares na divisa do Estado do Amazonas com Rondônia beirando o município de Lábrea, cercado por mata verde e muita natureza ainda intocável, bem como preservada por ele.

AGRICULTURA FAMILIAR EM NOVA CALIFÓRNIA 

A agricultura familiar predomina em Nova Califórnia, com destaque no cultivo da pupunha, que tem suas sementes comercializadas no Acre e outros estados. O palmito, beneficiado e industrializado vai para os estados do centro sul do País, frisa o técnico da Emater, Ivan Roque Macedo.

Foto: Frank Nery

O produtor rural Selso Rudi Rech, cultiva 7 hectares de rambotã,  uma fruta descendente da Ásia que se adaptou bem na região de Nova Califórnia, colhendo cerca de 25 mil quilos anuais, fornecendo para os supermercados da capital, Porto Velho e Rio Branco, no Acre.

ECONOMIA SUSTENTÁVEL

O projeto agroflorestal Reca, que surgiu a 33 anos, ajuda pequenos produtores rurais que foram assentados na região de Nova Califórnia pelo Governo Federal. 

De acordo com o coordenador técnico do projeto, Fábio Veailetto, 260 famílias estão associadas. A instituição recebe também produtos de 150 famílias de extrativistas, castanhas, açaí, copaíba, andiroba. A indústria beneficia 1,6 milhões de quilos de frutos de cupuaçu. Com tecnologia de alta precisão, ali são industrializados palmitos para o consumo humano e óleo de cupuaçu para produção de cosméticos.

O projeto mantém 40 funcionários permanentes e mais 40 no período de safra. A direção espera com o evento da conclusão da ponte sobre o rio Madeira, na Ponta de Abunã, que ventos positivos soprem na região, gerando emprego e rendas.

 

Por Secom

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