coluna
Publicado: 08/10/2019 às 17h01min
Frase do dia
“Não entendo. É como alguém morar sozinho e fugir de casa.” – Senador Major Olimpio sobre uma possível saída de Bolsonaro do seu próprio partido, o PSL.
1-Curto circuito I
As reclamações continuam, a movimentação é grande, a desinformação idem – estará faltando conversa franca ou ação de marketing? – a CPI avança, mas ainda que sobrem razões para esta grita do povo contra o “extorsivo aumento da conta de energia”, não vislumbroaquilo que se poderia ser classificado de fato determinante, visto que convenhamos, a reclamação é difusa. Acompanho e acho que a CPI deve investigar o que ocorre na Energisa ou com a Energisa, até para entender as causas que levaram à irritação no nível em que se encontra. Para lembrar, entre a treva e a luz há infinitos matizes e espectros. Nem tudo é o que parece ser.
2-Curto circuito II
Com um investimento alto, a concessionária Energisa segue o que ordena o líder – no caso a Aneel – e dentro da lei. O foro e período para discussão não é a ALE e nem é agora. Perdemos o bonde da história e a Aneel agiu nas barbas do governo de Rondônia e sua bancada federal. É em Brasília que se pode rever o roloe se ainda houver tempo, já que os contratos de compra e de permissionários não parecem ter vícios de origem, ainda que seja duro de aceitarmos. Mas há muito mais coisas, como um possível e desejável encontro de contas. A gente se fala…
3-Curto circuito III
Da CPI já saiu o rolo. O estado teria um convênio para cessão de policiais que acompanhariam as equipes de cortes da Energisa. É no mínimo estranho e o convenio foi desfeito. Existem mais dois pontos importantes: o corte por inadimplência segue protocolos jurídicos. O corte do gato não tem protocolo, sendo necessária a presença de policiais para evitar conflitos, registrar o B. O. e até não se configurar em “exercício das próprias razões”. Volto a dizer que nem tudo é o que parece ser e mais: apoio a CPI – que acreditem, não vai dar em nada – que na falta de algo mais relevante fará justa pressão sobre a Aneel e gerará relatórios. O resto é perfume barato.
4-Topa tudo por dinheiro
Tasso Jereissati, relator da reforma da Previdência avisa: as discussões sobre cessão onerosa estão atrapalhando a votação da PEC, vez que senadores estão de olho no pacto federativo e a cessão onerosa. A PEC que trata da divisão de recursos do megaleilão do pré-sal, foi aprovada no Senado, mas dormita na Câmara. Para entender a cessão onerosa: 30% ficarão com estados e municípios –50/50 – e o Rio, produtor com mais 3%. Sul, Sudeste e Centro-Oeste amuaram e c como isso envolve muita grana que, sem querer querendo pode cair nalguns nobres e ávidos bolsos, adiar tudo em nome desses interesses, é bem possível. Topa tudo por dinheiro Silvio!
5-“Me dá um dinheiraí”
A Organização Pan-Americana de Saúde-Opas, que gere programas como “Mais Médicos”, pode pagar uma baita indenização por trabalho escravo da médica Ramona Matos. Ela fugiu da polícia política de Cuba que a vigiava e aos médicos cubanos no Brasil, e foi para os Estados Unidos. A Opas não foi processada no Brasil porque a entidade tem imunidade diplomática, diferente do que ocorre nos EUA. Para relembrar, o programa “Mais Médicos” surgiu na era Dilma. Cada médico custava ao Brasil R$10 mil/ mês, dos quais R$9 mil eram pagos a Cuba. Um ano depois, cada médico passou a receber R$3 mil. Uma atividade bem típica de escravidão.
sobre Política & Murupi
Leo Ladeia é baiano de Itororó, torcedor do Bahia ou um pau rodado que apoitou por aqui. Começou como radialista na Rádio Vitória Régia aos 55 anos. Apresentou o programa Lendas do Rock na rádio Parecis. Na SIC TV como aqui no Gente de Opinião Léo Ladeia fez de tudo. Astronauta, boy, pintor, poeta e pedreiro. Mutante, gosta de experimentar e de desafios, atualmente Ladeia está trabalhando no Rede TV Rondônia, canal 17,do Sistema Gurgacz de Comunicação.