Em um futuro próximo, Rondônia poderia ter um cassino. Não um sala ilegal e escondida da polícia, mas um estabelecimento registrado e autorizado. Talvez até atraindo visitantes a Porto Velho vindos do resto do Brasil ou de países próximos. Utopia? Sinal de decadência da sociedade brasileira? Cada leitor terá seu ponto de vista. Vejamos o que está acontecendo.
Cassinos resort
Atualmente, muitos cidadãos brasileiros estão acedendo sites internacionais de cassino online como se podem encontrar no https://cassinosbrazil.com.br e outras mídias da especialidade. Mas o debate político, que pode estar se encaminhando para sua conclusão, aponta para a legalização dos cassinos resort: estabelecimentos turísticos em que a roleta e os caça-níqueis são apenas uma das vertentes do entretenimento. Restaurantes, hotéis, salas de espetáculos e outras infraestruturas se combinam com as mesas de jogo para criar grandes polos de atração turísticas. Como acontece em Las Vegas.
Prioridade para o Rio e o São Paulo?
A rentabilidade econômica de um estabelecimento como esse depende da quantidade de possíveis clientes, e também da porcentagem de usuários de classe média ou com boa disponibilidade financeira. É normal que os investidores olhem para o Rio de Janeiro e São Paulo como destinos prioritários para investimento e criação de grandes “cassinos resort”.
O principal personagem dessa corrida é Sheldon Adelson, o maior empresário do jogo à nível mundial. Na lista dos homens mais ricos do planeta, criada pela renomada revista Forbes, ele está lá nos 25 primeiros. É um dos grandes apoiantes do presidente Trump, e diz-se que será também um amigo do presidente Bolsonaro, por conta de suas afinidades ideológicas.
Desde 2017 que ele está visitando o Rio de Janeiro e sendo recebido por Marcelo Crivella, para vir a criar um super cassino no Rio. O prefeito da Universal aposta nessa e já pediu legislação de exceção para serem criados milhares de postos de trabalho bem no centro da capital carioca. Outros rumores apontam que Adelson estaria interessando em comprar o Anhembi, em São Paulo, para aí instalar um cassino.
PL 530/2019
Mas a intenção dos defensores da liberação dos cassinos é mais igualitária para todo o Brasil. O turismo do Sul quer conquistar os brasileiros que vão em demanda dos cassinos platinos, e trazer visitantes de lá. No Tocatins, tem quem sonhe com a criação de uma “Las Vegas do cerrado”: uma zona exclusiva dedicada ao jogo, que traga o desenvolvimento econômico baseado nessa atividade de setor terciário. Tal como aconteceu em Las Vegas.
O PL 530/2019, de Paulo Azi (DEM-BA), tem um esquema ainda mais justo: deixar cada estado atribuir licenças para cassinos, de acordo com sua população. Os estados com mais de 25 milhões de habitantes (isto é, São Paulo) teriam até 3 cassinos; entre 15 e 25 milhões, seriam atribuídas até duas licenças; os restantes estados poderiam ter até um cassino.
O Cassino de Porto Velho
Caberia às autoridades estaduais tomarem uma decisão. Mas em um cenário de ter os jogos de cassino regulados à nível nacional, com prioridade explícita para o desenvolvimento do turismo e a criação de emprego, seria essa uma oportunidade a perder?
