Porto Velho/RO, 01 Abril 2024 05:08:00
Diário da Amazônia

O grande desafio do agronegócio rondoniense

Para 2019 está lançado o grande desafio, em que governo estadual e iniciativa privada devem mostrar que o agronegócio rondoniense de..

A- A+

Publicado: 19/11/2018 às 09h10min

Para 2019 está lançado o grande desafio, em que governo estadual e iniciativa privada devem mostrar que o agronegócio rondoniense de fato, está preparado no sentido de conquistar os mercados mais exigentes, principalmente nas exportações de carne. Em 2019, se esgota o prazo para Rondônia e Acre suspender o sistema de vacinação de seus rebanhos bovinos contra aftosa, abrindo definitivamente as porteiras do Mercado Comum Europeu.

A sanidade do rebanho bovino, a qualidade da carne produzida pelo sistema de confinamento, bem como do boi criado solto a campo aberto, é reconhecida em todo território nacional e até em outros continentes. Entre abril e maio de 2019, portanto, não falta muito tempo, o sistema de vacinação assistida contra a febre Aftosa, nos estados de Rondônia e Acre deverá ser suspensa cumprindo o protocolo firmado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com a União Européia.

Para que a carne destes dois estados, possa ser exportada e consumida pela exigente comunidade Européia, Rondônia e Acre devem cumprir rigorosamente 120 itens do documento firmado pelo governo brasileiro que garante o controle rigoroso que vai desde o nascimento dos bezerros, ao sistema de transportes, abates e fiscalizações no transito de animais próximos as fronteiras com os estados e países vizinhos.

Tanto Rondônia, quanto o Acre, pelo protocolo firmado devem alterar suas legislações sanitárias animais, colocando postos de fiscalizações com técnicos preparados para controlar o transito de animais 24 horas, nos finais de semanas e feriados, faça chuva o faça sol. Se porventura, os fiscais da União Européia constatar uma falha no documento que foi sacramentado tudo pode ir por águas abaixo.

Quebrar o paternalismo político, o corporativismo na Agência Idaron, para que fiscais e técnicos cumpram horário integral, mesmo que pelo sistema de revezamento, não será uma tarefa fácil para o futuro governo. Na verdade será um desafio, pois não se quebra uma cultura que está arraigada numa instituição onde ninguém quer perder privilégios de um momento para outro, mesmo que isso venha em prejuízos para o Estado e País.

O Poder Legislativo ao aprovar a nomenclatura legal, formatando o sistema de funcionamento da Agência Idaron para atender as necessidades técnicas para que Rondônia se torne o primeiro estado exportador de carne livre de vacinação contra a febre Aftosa, terá a grande oportunidade para mostrar o compromisso com desenvolvimento do agronegócio. Se Rondônia perder essa oportunidade, outra só daqui a 15 anos.

Paraná e Rio Grande do Sul pressionam o governo federal para assumir imediatamente o processo de exportação de carne para União Européia caso Rondônia e Acre não cumpra os protocolos firmados. O desafio está lançado.



Deixe o seu comentário