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Editorial

coluna

Publicado: 19/02/2019 às 09h56min

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O grito das ruas por energia mais barata

As articulações políticas e sociais contra os reajustes das tarifas de energia elétrica em Rondônia, deu eco, e nesta terça-feira, a..

As articulações políticas e sociais contra os reajustes das tarifas de energia elétrica em Rondônia, deu eco, e nesta terça-feira, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) recebe a bancada federal de Rondônia com representantes do Condecom (Conselho Estadual de Defesa do Consumidor do Estado de Rondônia). Também estão garantidas audiências amanhã, no TRF1 (Tribunal Regional Federal) e no MME (Ministério das Minas e Energia).

A semana passada encerrou com atos públicos em Porto Velho e nas principais cidades do interior, com a população revoltada e inconformada. E não é por menos. A previsão é de que não haveria reajuste no primeiro ano após a privatização da antiga Ceron, porém, o ano novo começou com novas tarifas que chegam a 27%.

A Energisa justifica que comprou a Ceron quebrada e cheia de dívidas e precisa fazer investimentos de R$ 428 milhões para interligar regiões isoladas de Rondônia ao SIN (Sistema Integrado Nacional). Para os líderes classistas (principalmente os empresários) a concessionária vai investir à custa do consumidor, e que a interligação ao SIN prejudicará as pequenas comunidades que tinham tarifas subsidiadas. Produtores rurais também devem sentir as conseqüências já que está previsto mudança de tarifa para a energia rural.

Essa é a pauta que acompanhará a bancada federal e os representantes de classes nas audiências hoje e amanhã em Brasília. Além da suspensão imediata dos reajustes, está na pauta o pedido para as novas tarifas sejam lançadas de modo que não cause impacto. O nível de renda da população do estado não comporta o impacto dos reajustes de uma só vez. Pequenos comerciantes e até indústrias reclamam que não tem como repassar esses custos em seus produtos.

Energia sempre foi problema para o desenvolvimento de Rondônia. No passado era a falta do produto essencial para o progresso e que levou a população fazer longas e permanentes articulações para conseguir que estado fosse alto-sufiente. No momento em que Rondônia é grande produtor de energia, o problema passa a ser o valor do produto na conta do consumidor. Enquanto espera pela solução, a população vai se adequando e aprendendo a consumir o mínimo possível para não afetar o orçamento mensal das famílias, do comércio e da indústria. Que isso não resulta em menor qualidade de vida e nem menor produção econômica.


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