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Editorial

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Publicado: 27/05/2020 às 06h08min

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O Heuro que não existe seria a redenção da saúde pública

Nesse momento de pandemia do novo coronavirus, com os hospitais lotados e falta de leitos nas unidades de UTI, a falta de um grande..

Nesse momento de pandemia do novo coronavirus, com os hospitais lotados e falta de leitos nas unidades de UTI, a falta de um grande hospital poderia suprir todo o problema. É o caso do Heuro (Hospital de Urgência e Emergência) que seria construído no governo de Confúcio Moura, mas acabou com a obra embargada. Uma operação da Polícia Federal colocou fim no projeto por suspeita de superfaturamento. A empresa que alega ter proposta valores abaixo de mercado, acabou falindo porque captou recursos na bolsa de Valores de São Paulo, e não suportou a crise gerada pela operação policial.

A unidade hospitalar seria a maior de Rondônia e substituiria o sufocado Pronto Socorro João Paulo II, que tem pacientes amontoados e nunca consegue desafogar. Essa unidade foi instalada na época da construção da hidrelétrica de Samuel, década de 1980, para atender as emergências da grande obra. Desde esse tempo, o PS João Paulo II deixou de ser um pronto atendimento e virou hospital.

Mesmo que o projeto do Heuro naufragou, Rondônia precisa de um grande hospital para atender a demanda da capital e dos encaminhamentos do interior do estado. A alternativa de comprar hospitais particulares e ajudar a socorrer a demanda é mais um remendo do que solução. As normas atuais de estrutura de uma unidade hospitalar são bem diferentes das antigas carcaças existentes. Precisa de projeto novo, prédio novo, estrutura nova que possa garantir boas condições de trabalho aos profissionais e boas condições de tratamentos aos pacientes.

Com a pandemia do novo coronavirus o problema de falta de estrutura na saúde veio novamente à tona, e o SUS que caminhava para o sufocamento, virou programa fundamental no país. Desse modo, qualquer governante que se prese, tem que repensar suas estruturas de saúde pública e colocar essa demanda como prioridade. Em Rondônia precisa ainda, projetar novamente a regionalização da saúde com a construção de hospitais no interior que possam reter por lá suas demandas, evitando o sacrificante socorro à Porto Velho, que em muitas vezes chega tarde demais. A saúde continua sendo prioridade a qualquer tempo e em todo o lugar.


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