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Diário da Amazônia

O Magnífico Mestre Sala Cabeleira ainda é show

  Antônio Chagas Campo o popular Cabeleira, aos 79 anos de idade, continua dando show se apresentando como Mestre Sala. Sábado..

Por Silvio Santos Diário da Amazônia
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Publicado: 13/12/2018 às 08h19min

 

Antônio Chagas Campo o popular Cabeleira, aos 79 anos de idade, continua dando show se apresentando como Mestre Sala.

Sábado passado dia 8, quando a escola de samba Acadêmicos do Armário Grande foi convocada para promover o lançamento do samba enredo para o carnaval de 2019, ele que é o presidente da agremiação fez questão de cortejar a Porta Bandeira Neca, mostrando toda sua leveza como Mestre Sala.

Cabeleira por alguns anos morou no Rio de Janeiro e por lá se entrosou com a nata das escolas de samba e graças a sua desenvoltura ao sambar, chamava a atenção.  “Meu pai se dava muito com um crioulo que tinha o apelido de Amazonas e esse cidadão um dia chegou e disse: Hein moleque, vamos la na Mangueira? Na minha primeira noite de samba no Rio de Janeiro e ainda por cima na Mangueira fiquei tão encantado, que só sai quando o dia clareou. Depois apareceu um garçom chamado Severino com quem passei a ir pra Mangueira e ele me entrosou no meio dos passistas da escola, foi então que conheci o Mestre Sala Delegado que era o rival do Noé Canelinha outro grande Mestre Sala” conta Cabeleira.

Em Porto Velho, Cabeleira ajudou a criar em 1958, junto com os carnavalescos Bainha, Valério, Ricardo e Tário de Almeida Café a escola de samba “Os Diplomatas”. Em 1961 assumiu como Mestre Sala. “Foi o seguinte: o Agostinho Reis – Bizigudo que havia chegado de Belém e ingressado na escola, inclusive sugeriu a mudança do nome de “Prova de Fogo” para “Universidade dos Diplomatas do Samba” em 1961, disse, ta faltando pra ser uma escola de samba de verdade, as Baianas e o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira e eu sugeri que ensaiássemos o Bola Sete com a Gladys. Durante os ensaios comandados pelo Bizigudo e o Bainha o Bola Sete andou pisando no pé da Gladys e ela disse que com ele não dançaria, foi então que me olharam e disseram, vai ter que ser você. Eu já traquejado por ter tido aulas com o Delegado no Rio de Janeiro fui e fiz minha letra e o Bizigudo virou pro Bainha e disse: o homem ta pronto! Me transformei no primeiro Mestre Sala de uma escola de samba de Porto Velho”.

O tempo passou até que Cabeleira resolveu se despedir da função de Mestre Sala e a escola promoveram uma festa de despedida que aconteceu no clube Ypiranga e os compositores Torrado e Silvio Santos fizeram o samba “O Magnífico Mestre Sala Cabeleira”. Acontece que após alguns anos, já como i9ntegrante da escola de samba Acadêmicos do Armário Grande ele voltou a se apresentar como1º Mestre Sala função que de vez em quando assume. “Hoje participo de apresentações especiais, quando me convidam”. Foi o caso de sábado passado durante a festa em homenagem ao Silvio Santos, Cabeleira foi show dançando com a Porta Bandeira Neca.

O fotografo Rosinaldo Machado encantando com a performance do Cabeleira, registrou toda a apresentação, que terminou com o Mestre aplaudido calorosamente pelos presentes. “Mostramos que idade não é problema para quem entende do assunto Mestre Sala”, finalizou Cabeleira



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