Porto Velho/RO, 19 Março 2024 02:44:51

Editorial

coluna

Publicado: 04/04/2019 às 08h54min | Atualizado 04/04/2019 às 08h55min

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O país precisa de infraestrutura

Conforme anunciado pelo ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o governo pretende encolher a máquina do estado, passando..

Conforme anunciado pelo ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o governo pretende encolher a máquina do estado, passando para a iniciativa privada alguns filões que podem ser lucrativos, mas que no momento servem de peso para a administração pública.

A concessão de bens da União para a iniciativa tem como argumento que não há espaço no orçamento para os investimentos necessários em infraestrutura. Levando em conta a malha rodoviária, os investimentos necessários chegam a R$ 54 bilhões previstos em contratos do Denit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), enquanto que o governo dispõe de R$ 8 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões estão previstos para investimentos e R$ 2 bilhões contingenciados para pagamento de juros da dívida pública.

Outros setores precisam do mesmo modo de grandes investimentos. Os leilões mais recentes (em março) tiraram da conta do estado os aeroportos, terminais portuários e da Ferrovia Norte-Sul. Na próxima sexta-feira (5) será a vez das concessões de seis terminais portuários (cinco em Belém e um no Porto de Vila do Conde – ambos no Pará) devendo receber investimentos ordem de R$ 430 milhões.

Para Rondônia existem expectativas que devem acontecer mais adiante, trazendo benefícios diretos ao desenvolvimento regional, como o Aeroporto Jorge Teixeira (de Porto Velho) que precisa de ampliação, a rodovia BR-364 que se tornou corredor da morte e precisa de duplicação, e outras partes estruturais que devem entrar em leilões, serem passados para a iniciativa privada.

É preciso considerar que o país está atrasado em investimentos de infraestrutura e o custo é elevadíssimo para executar tudo o quanto antes como precisa. Sem essas melhorias, ampliações e novas estruturas o colapso crescerá e custo país continuará elevado, promovendo a quebradeira das indústrias diante dos importados que são inevitáveis que entram no nosso mercado. Outra consideração importante é quanto a entrada de investidores estrangeiros, essencial para o crescimento interno, mas que necessitam de segurança jurídica e política para aplicar com confiança altos valores. Esse ambiente de negócio deve ser resolvido de imediato, caso contrário, qualquer reforma ou nova estratégia sairá do nada e chegará ao lugar nenhum.


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