Porto Velho/RO, 21 Março 2024 23:26:18

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 18/02/2019 às 14h00min

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O pontapé inicial para reduzir a criminalidade no País foi dado

Cenário de lendas No romance Las tres mitades de Ino Moxo y otros brujos de la Amazonía, o peruano Cesar Calvo apresenta uma região de..

Cenário de lendas

No romance Las tres mitades de Ino Moxo y otros brujos de la Amazonía, o peruano Cesar Calvo apresenta uma região de mistérios em que as certezas e crenças são abaladas por descobertas que abrem o horizonte de novas realidades.

Isso acontece desde que o explorador Francisco de Orellana combateu guerreiras invictas ao navegar por um rio que no futuro receberia o nome delas: Amazonas. Depois ninguém mais as combateu, mas o rio e a floresta continuaram cenários de combates e lendas. Calvo narra uma irrealidade amazônica que parte das “três metades” e chega ao máximo possível para um estudioso: cruzar dados sobre a presença e os interesses humanos na região, a história de lutas e tragédias.

Cesar Calvo nasceu em 1940, em plena Marcha para o Oeste da ditadura Vargas, que pretendia impor a soberania nacional na região. Como os cientistas que vasculham a Amazônia em busca de respostas, morreu longe de conhecer por inteiro a realidade regional. E até hoje o governo continua de orelha em pé diante de ameaças reais ou imaginárias à soberania nacional numa região transnacional. É impossível calcular quantas novas “metades de Ino Mox” vão se apresentar aos cientistas se não forem desestimulados de estudar a região.

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Pontapé inicial

O pontapé inicial para reduzir a criminalidade no País foi dado pelo ministro da Justiça Sérgio Moro, ao transferir e trancafiar os principais chefões do crime organizado nas penitenciárias federais do País localizadas em Mossoró (RN), Porto Velho (RO), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS). Desta forma se reduz drasticamente os contatos de fora com os poderosos chefões.

Em Rondônia

Em Rondônia, Acre e Amazonas, estados  detentores de fronteiras com os países principais produtores de drogas, é essencial que a justiça brasileira tenha como objetivo asfixiar o narcotráfico, na fonte, ou seja, nas divisas com a Bolívia, Peru e Colômbia. Como se sabe, 70 por cento da criminalidade amazônica é relacionada com o tráfico de drogas e de armas.

Antros perdulários

Conclui-se que a omissão da população, das lideranças políticas e demais segmentos da sociedade tem tudo a ver com medidas tomadas pelo governo federal goela abaixo, como foi o brutal aumento de energia anunciada pela Aneel em nosso estado. Todo mundo sabia que sucessivas gestões da Caerd, Beron e Ceron eram perdulárias, antro de marajás e fantasmas, causando graves prejuízos a população.  

Até quando?

A disputa de pontos de venda de drogas em Porto Velho – são centenas delas desde as cracolândias do centro histórico as avenidas da Zona Leste – tem causado disputas sangrentas entre as facções do narcotráfico. As pelejas são feitas a bala e todo o final de semana temos corpos de jovens, entre 16 a 25 anos baleados e estirados no chão. Até quando?

A modernidade

Esta longe o tempo em que a prostituição se praticava em lugares distantes, as chamadas casas da luz vermelha. Em Porto Velho, existia a Zona do Roque, a céu aberto, com milhares circulando e se colocando a disposição. Hoje as garotas de programa usam a internet e através das redes sociais atendem os clientes, motorizadas, preferencialmente com Biz. É coisa de Louco!

Via Direta

*** O ano de 2019, começa como nos anos anteriores, com vereadores de Rondônia viajando para Brasília em “busca de recursos” e sempre voltando de mãos abanando *** È a farra de diárias, a velha maneira de fazer política neste estado *** No caso dos prefeitos as viagens a capital federal são mais do que justificadas, inclusive pela necessidade da liberação de emendas parlamentares de deputados federais e senadores *** Porto Velho se transformou numa imensa igapó e assim deve continuar até o final de março.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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