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Editorial

coluna

Publicado: 15/05/2020 às 08h00min

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O preço da politização do problema e a angústia social

As pressões aumentam a cada dia e a população já não tolera o isolamento, até porque o ser humano é um ser social.

O jogo da sorte e da omissão vem custando caro e levando muitas vidas. O custo da pandemia poderia ser melhor se houvesse um plano para o país desde o princípio. A politização do problema fez com o número de mortes chegasse a índices maiores do que o esperado, a proliferação desencadeada de forma sem controle, e o impacto na economia vem sendo aterrorizador.

Os protocolos iniciais foram ignorados. Seriam eles: controle de quem chega do exterior com quarentena obrigatória e punição em caso de descumprimento; orientações (à toda população) da vigilância epidemiológica para evitar a proliferação doméstica acelerada; ordenar a fabricação de produtos de higiene (álcool e detergentes) e máscaras descartáveis em grande escala e controlar os preços; implantar o isolamento social total de 15 dias (no devido tempo); impor o isolamento parcial por mais 15 dias; e partir daí, total controle da população e das práticas das regras com a liberação gradual do isolamento. Mas não foi assim que aconteceu, e hoje, amargamos com o medo da morte e com medo do futuro econômico.

As pressões aumentam a cada dia e a população já não tolera o isolamento, até porque o ser humano é um ser social. O desespero com a crise econômica aumentando a cada jornada faz crescer a pressão social em todo o país. O povo está chegando ao conflito de entendimento do que é pior: a doença ou a crise?

O momento é delicadíssimo e requer controle das emoções. Precisa de um líder nato e habilidoso para colocar em ordem uma multidão de desesperados. Criar um comitê nacional interdisciplinar para debater o momento e criar um plano de ação eficaz. Caso contrário é caminhar contra o vento e aumentar as consequência na saúde e na economia. A conta já está muito mais cara do que deveria ser.


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