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Editorial

coluna

Publicado: 04/09/2019 às 17h23min | Atualizado 04/09/2019 às 17h26min

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O que o governo vai dar para a Amazônia?

Quase nada foi divulgado sobre as reuniões dos ministros com os governadores da Amazônia Legal, na segunda-feira (2) em Belém (Pará) e..

Quase nada foi divulgado sobre as reuniões dos ministros com os governadores da Amazônia Legal, na segunda-feira (2) em Belém (Pará) e na terça-feira (3) em Manaus (Amazonas). O motivo dos encontros eram para discutir propostas para compor um grande planejamento para a região, envolvendo todos os estados que compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Pelo que foi dito em público, e bem superficialmente, os governadores querem a volta do Fundo Amazônia e da cooperação internacional, o aceleramento da regularização fundiária, e planejamento estratégico que leve ao desenvolvimento sustentável (crescimento com preservação dos recursos naturais renováveis para as futuras gerações).

Certo mesmo somente a manutenção da Operação Verde Brasil por mais tempo, liderada pelo Exército e parceria com Ibama, ICMBio, SFB, Corpos de Bombeiros e outras instituições. A manutenção das tropas para o combate às queimadas e incêndios florestais, e para coibir ação proibidas como novos desmatamentos clandestinos, foi anunciada pelo ministro Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Pelo isso já ajuda no momento para que a floresta não seja devastada na mesma velocidade que estava ocorrendo.

Na reunião que os governadores tiveram com o presidente Jair Bolsonaro deixaram claro que os estados não tem dinheiro para o desenvolvimento e precisam de aporte financeiro. Por isso a unanimidade no pedido da volta do Fundo Amazônico e de outras ajudas internacionais. É justo. Mas os governadores poderiam ir mais além, e fazer a venda do estoque de Carbono da floresta Amazônica, o que poderia render muito mais do que já vem atualmente dos gringos do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). Daria para promover projetos de desenvolvimento econômico e ainda manter as reservas existentes e dar impulsos aos estados amazônicos.

Outro assunto fundamental que está na agenda dos governadores é o aceleramento da regularização fundiária na Amazônia. Esse é um problema que vem lá do tempo da colonização, quando as famílias eram despejadas na floresta e nunca receberam o documento da terra. Com essa documentação haveria maior controle do espaço agrário e as normas e legislações seriam cumpridas evitando ações dos predadores.

Alternativas para a Amazônia são muitas. O que precisa é concluir um projeto amplo e coerente que possa promover a região com dignidade e responsabilidade. Sem dinheiro ninguém faz nada. Já que existe muito dinheiro pra vir, que venha e seja bem aplicado.


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