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Editorial

coluna

Publicado: 03/11/2023 às 09h57min

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O triunfo do bom senso

Confira o editorial

A política, em sua essência, deve ser um espaço de diálogo, de debate, de consideração às diferentes vozes e perspectivas da sociedade. Ela deve ser regida pelo princípio do bom senso, que é a capacidade de encontrar soluções equilibradas e justas para os desafios que enfrentamos como nação. O recente episódio envolvendo a alíquota do ICMS em Rondônia é um exemplo de como o bom senso prevaleceu, apesar das tentativas iniciais de atropelo do diálogo.

No início de outubro, a Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou um projeto de lei que propunha um aumento substancial na alíquota do ICMS, passando de 17,5% para 21%. Essa decisão, proposta pelo Poder Executivo, foi justificada como uma medida necessária para manter o equilíbrio fiscal do estado. No entanto, rapidamente ficou claro que a sociedade estava insatisfeita e preocupada com as implicações desse aumento.

O aumento do ICMS impactaria significativamente a vida das pessoas, tornando os produtos e serviços mais caros, afetando a economia local e o poder de compra dos cidadãos. Em vez de aceitar passivamente essa decisão, a sociedade se uniu para protestar contra o aumento. Vários setores, representantes de categorias profissionais e cidadãos comuns expressaram seu descontentamento e pediram por uma revisão da alíquota.

Aqui reside a primeira lição do episódio: a liderança não se impõe com ações unilaterais, mas sim com o diálogo, com a abertura à participação dos outros, com a discussão de ideias. O governo e a Assembleia Legislativa de Rondônia foram confrontados com a indignação pública e tiveram que repensar sua decisão. Isso demonstra que a vontade do povo é um fator crucial em uma democracia e que os representantes eleitos devem estar dispostos a ouvir e responder aos anseios da população.

Diante dessa pressão, o governo enviou um novo projeto à Assembleia, propondo uma redução na alíquota do ICMS para 19,5%. A sessão ordinária que discutiu essa mudança foi transformada em uma comissão geral, na qual representantes do governo, diferentes setores e categorias, além de deputados, puderam expor suas opiniões e informações sobre o imposto. Esse é o exemplo claro de como o diálogo pode levar a soluções mais equilibradas e justas.

Durante a discussão e votação do projeto, os deputados, à exceção de um, votaram a favor da nova alíquota. Isso não apenas reflete a pressão da sociedade, mas também a capacidade dos representantes de ouvir as preocupações dos cidadãos e agir de acordo com o bem-estar coletivo.

O resultado é um triunfo do bom senso e da democracia. O episódio do ICMS demonstra que, quando a liderança está disposta a ouvir e a considerar as opiniões da sociedade, é possível encontrar soluções que equilibram as necessidades do estado com as preocupações da população. Este é um exemplo de como a política deve funcionar, priorizando o diálogo e o consenso em vez da imposição. É um lembrete de que, em uma democracia saudável, o povo tem voz e sua voz deve ser ouvida.

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