Obras da BR-319 aguardadas com entusiasmo pelos amazônidas

Finalmente a solução para a BR-319 parece estar definida. Com o anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro, de liberação de recursos e do cronograma de etapas para a realização das obras de recuperação e reconstrução, o sonho de integrar a Amazônia com o Centro-Sul do país parece ser consolidado já a partir de 2020.
O trecho mais crítico é o chamado ‘Meião” que fica entre reservas ambientais, e por isso, dificultada a liberação do licenciamento ambiental. Mesmo com propostas de fazer o trecho com o modelo sustentável, com passarelas para primatas e túneis para os demais animais silvestres, a liberação da obra era vista como risco ao ambiente. A dificuldade não era apenas achar soluções para os animais, mas os orgãos de controle têm o efeito ‘espinha de peixe’, com o avanço da colonização e desmatamento ao longo da rodovia.
A estrada foi construída na década de 1970 como principal ligação da Amazônia com as regiões Centro e Sul do país. Em linha transversal, a Transamazônica (também em estado precário) faria a ligação da Amazônia com o Nordeste. O projeto de integração não avançou por diversos motivos políticos, ambientais e principalmente econômicos, porque sem as rodovias o jeito é transitar com embarcações.
Vários esforços foram medidos para resolver o problema. Lideranças como o senador Acir Gurgacz, de Rondônia, e de outros parlamentares da região, concentraram muita força de seus mandatos em favor da liberação das obras. Foram três caravanas de Porto Velho a Manaus para chamar a atenção dos presidentes sobre a necessidade da reconstrução da rodovia. Foram muitos esforços e todos valeram a pena.