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A Operação Feldberg, desencadeada na manhã de ontem em Rondônia com a proposta de desarticular organizações criminosas envolvendo deputados estaduais, servidores públicos e empresários do segmento pecuário do estado, repercutiu na imprensa nacional. O Jornal de Brasília destacou as investigações de irregularidades no alto escalão da Assembleia Legislativa de Rondônia, enfatizando fraudes na eleição da presidência da Casa e prática de “rachadinha”. A Folha de São Paulo, além de mencionar as investigações sobre fraudes na eleição para a mesa diretora do Parlamento, também acentua o envolvimento do deputado Jean de Oliveira em fraudes na Assembleia e na emissão de títulos de terra.
Em nota, o presidente da Assembleia, Laerte Gomes, informou que “a eleição da mesa diretora foi uma das mais transparentes dos últimos anos, com a soma de 23 votos dos nobres pares, que hoje nos ajudam de forma integrada a administrar os destinos desta Casa de Leis. Esclareço que nenhum dos servidores citados no inquérito é lotado em meu gabinete. Nossa gestão preza pela transparência, probidade e legalidade. Informo que a Assembleia Legislativa está à disposição das autoridades para qualquer informação necessária relacionada a investigações da Operação Feldeberg.”
A Operação, realizada em conjunto com o Ministério Público do Estado de Rondônia, mobilizou em torno de 200 policiais federais e 50 viaturas, para o cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva, três mandados de prisão temporária, dez mandados de suspensão do exercício da função pública e 52 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Velho, Alta Floresta do Oeste, Vilhena, Ji-Paraná, Alto Alegre dos Parecis, em Rondônia, Humaitá, no Amazonas, e Cuiabá, no Mato Grosso, investigando, também, um esquema de fraude em operações com gado na Agência de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), envolvendo pecuaristas, donos de frigoríficos e servidores públicos com a finalidade de sonegação fiscal e fraudes em financiamento rural, além da grilagem de terras em áreas de conservação ambiental e sua utilização como ativo ambiental para fins de obtenção de vantagens/créditos junto ao Estado, utilizando-se ainda de influência perante servidores da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) para este fim.
Ainda é investigado um esquema para anular o desmembramento do cartório único de registro civil e tabelionato de notas de Alta Floresta do Oeste, em Rondônia, bem como a prática do crime de lavagem de dinheiro envolvendo o núcleo familiar do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Carlão de Oliveira, alvo da ação deflagrada no ano de 2006 denominada Operação Dominó, tendo sido expedido um novo mandado de prisão em seu desfavor. O ex-presidente da Assembleia Legislativa encontra-se foragido.
