Nesta sexta-feira (09) a operação realizada pela Polícia Militar na área de conflito agrário entrou para o segundo dia na fazenda Nova Brasil, conhecida como “Galo Velho”, no distrito de Mutum-Paraná, altura do quilômetro 180, em Porto Velho.
Desde as primeiras horas da manhã de ontem (08), 150 policiais cercaram todas as saídas da região e aguardam decisão da Justiça para poder agir no cumprimento de mandados de prisão e reintegração de posse.
No local existe dezenas de pessoas que faz parte da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), mas que alega não ter envolvimento nenhum com as mortes a tiros do sargento Márcio Rodrigues da Silva, 38 e do tenente José Figueiredo Sobrinho, 55, no último sábado (03).
Ontem a tarde (08) um vídeo de uma mulher que seria da LCP foi divulgado nas redes sociais solicitando que seja autorizada a entrada e saída dos integrantes para comprar comida, pois crianças que vivem no local já estão sem leite e passando fome.
“Nós estamos sendo vítimas do que houve ao redor do acampamento. Estamos cercados e impossibilitados de comprar alimentos para crianças. Nós somos trabalhadores em busca da terra. Estamos muito amedrontados com o que está acontecendo. Ninguém aqui é bandido”, disse a mulher.