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RONDÔNIA

Organização e preços acessíveis lotam o Arraial Flor do Maracujá

Nos primeiros dias do Arraial Flor do Maracujá, que teve início na última sexta-feira (26), carros lotaram as duas laterais da Avenida..

Por Secom
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Publicado: 30/07/2019 às 15h09min

Solange Lima trabalhou até 3h30 da madrugada de domingo. Satisfeita, diz que o seu espaço é três vezes maior do que o de 2018

Nos primeiros dias do Arraial Flor do Maracujá, que teve início na última sexta-feira (26), carros lotaram as duas laterais da Avenida Lauro Sodré, entre a Av. Imigrantes e o Parque dos Tanques.

Ainda é cedo para se computar o público geral nos dias de quadrilha, mas a presença maciça de moradores do centro e de diversos bairros de Porto Velho comprova: deu certo a boa vontade administrativa e o longo diálogo entre o governo, comerciantes e Federação de Quadrilhas e Bois-Bumbás de Rondônia (Federon).

No Araial Flor do Maracujá, o tabelamento favoreceu o poder aquisitivo das pessoas, que também podem usar cartões de crédito. O churrasco de picanha é vendido a R$ 30 (porção para duas pessoas) e a R$ 65 (para quatro); o espeto completo custa R$ 10, a galinha picante R$ 20, a galinha caipira R$ 35 (para duas), a cuia de tacacá R$ 13, o prato de vatapá R$ 20, o pato no tucupi R$ 35, a moqueca de dourado R$ 35 (para duas) e R$ 65 (para quatro). Preço semelhante têm a carne de sol e o filé de dourado.

Em três noites, o carrinho de pipoca e banana frita de Erlane Cristina ficou abarrotado, obrigando-a, com o marido e a cunhada, a reabastecê-lo algumas vezes para seguir vendendo pacotes de R$ 2, R$ 3 e R$ 5, conforme a vontade do freguês.

O esposo de Erlane ajuda nas vendas para dar conta da demanda

O público reunido em dois grandes corredores apreciou o espaço maior para a circulação entre barracas, arena das quadrilhas e o parque de diversões.“Estão de parabéns, ficou bem organizado”, elogiou o aposentado João Rodrigues.

João e a esposa a esposa, Maria Ivete, moradores no Bairro Caladinho (zona sul) apreciaram muito a pamonha e o tacacá.

“Eu fiquei surpresa, na noite de sábado teve gente que esperou mesa”, disse Eubeni Ferreira de Andrade, a Branca. “Nosso movimento foi excelente, eu saí daqui às 5h da madrugada de domingo, só parei porque não tinha mais nada”.

Há 30 anos participando do arraial, Branca elogiou o novo formato, notadamente no aspecto financeiro. Segundo ela, no ano passado pagou R$ 3,5 mil (referentes à taxa de manutenção administrativa) para instalar duas barracas, e neste ano, apenas R$ 25, preço simbólico.

A facilidade proporcionada pela Superintendência Estadual de Esporte, Cultura, Lazer e Juventude (Sejucel) tornou-se ponto de honra para os comerciantes em geral.

“Eu não ia mais participar, mas a situação melhorou muito; só tenho a agradecer, está dez”, disse Solange de Souza Lima, a Sol. Na madrugada de domingo, ela foi dormir às 3h30, satisfeita com a freguesia.

Movimento surpreendeu os comerciantes, que agora pagam preço simbólico pelo espaço ocupado nos dois corredores do arraial

Movimento surpreendeu os comerciantes, que agora pagam preço simbólico pelo espaço ocupado nos dois corredores do arraial

Na edição anterior ela pagou R$ 1,4 mil pelo aluguel de um espaço pequeno, 3 x 3, mas atualmente dispõe de pelo menos o triplo em área construída, por ínfimos R$ 25. “Olhe que chiqueza eu tô”, brincou.

Balcão farto com pudim, maçã do amor e milho cozido a R$ 3, e bolo de macaxeira a R$ 4, entre outros produtos, garantem o movimento. Ela montou o caixa em frente à barraca, atendendo a todos com largo sorriso e boa conversa.

A 30 metros da entrada principal, a empresa cuiabana Louvada montou a barraca de chope. O produto é vendido a partir de R$ 6. Próximo à barraca do bingo, cujos prêmios correspondem à presença de pessoas, funcionam a roleta esportiva, sorvete raspadinha e carrinhos de churros, pipocas e outras guloseimas.



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