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Diário da Amazônia

Orgulho para RO: Silvia Cristina é elogiada por Henrique Prata do Ha!

Na comemoração dos 31 anos do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor), Henrique Prata elogiou e agradeceu Silvia Cristina.

Por Victoria Angelo Bacon.
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Publicado: 27/01/2020 às 16h10min | Atualizado 27/01/2020 às 20h38min

 

Henrique Prata, presidente do Hospital de Amor que trabalha com afinco em prol dos portadores de câncer, em vídeo gravado na última semana, teceu elogio e agradeceu o empenho da cidadã e deputada Silvia Cristina em seus 12 anos de parceria com um dos homens mais respeitados do Brasil. É muito gratificante uma figura pública e exercendo o cargo de representante de Rondônia no Congresso Nacional, receber tamanho reconhecimento vindo do respeitado e reverenciado Henrique Prata.

Muito emocionada ao receber através deste vídeo o reconhecimento do nosso trabalho há mais de 12 anos contra o câncer em Rondônia!Gratidão Henrique Prata e Dr Daniel Marconi.

Posted by Silvia Cristina on Thursday, January 23, 2020

 

Quem é Henrique Prata?

Nascido na capital, filho de um culto casal médicos formados na Faculdade de Medicina da USP, Paulo Prata e Scylla Duarte Prata, neto de Ranulpho Prata, médico e escritor sergipano, Henrique foi criado em Barretos, atrelado ao avô, Antenor Duarte Vilela, grande fazendeiro da região. Conta que seu avô dizia: “Se um dia quiser administrar as fazendas da família, terá primeiro que aprender a fazer de tudo: arrumar cerca, trabalhar como tratorista, domar os animais.” E foi assim, muito ligado ao avô e à terra, que aos 15 anos, decidiu que não estudaria mais. Naquele mesmo ano, o jovem foi emancipado e assumiu a primeira fazenda. Três anos mais tarde, já gerenciava oito propriedades. No final da década de 1980, já detinha uma significativa fortuna, quando iniciou sua ação filantrópica em oncologia.

O Dr Paulo Prata geria o Hospital São Judas Tadeu em Barretos, onde eram atendidos muitos pacientes com câncer. Em 1988, o empreendimento, muito mais filantrópico que econômico, quebrou por causa da hiperinflação. Henrique já era fazendeiro bem-sucedido e não gostava de como o pai administrava o hospital. Entretanto, por intermédio do bispo da cidade, Dom Antonio Mucciolo, a quem considerava um “diretor espiritual”, decidiu ajudar. Como ele mesmo conta em seu livro Acima de Tudo o Amor, fez um acordo com seu pai e sua mãe de acertar as dívidas e fechar o hospital, que na época tinha 80 funcionários, 14 médicos e US$ 1,2 milhão de dívidas: “Trabalhei sete meses para fechar o hospital. Quando disse ao meu pai que estaríamos fechados em 30 dias, ele abaixou a cabeça e aceitou. Só que, na mesma noite, um médico me chamou, abriu um livro e me mostrou que uma pessoa precisava ser operada em, no máximo, 65 dias e não podia ser encaminhada para nenhum outro hospital público porque a fila era de mais de 120 dias. Nesse dia, não sei o que aconteceu. Fui dormir e acordei no outro dia não com dor na consciência, mas com uma mudança radical de consciência. Acordei decidido a ampliar o hospital.”

Foi assim, em 1989, aos 37 anos de idade, que Henrique teve a visão de que poderia salvar mais vidas que qualquer outro médico, se abraçasse a causa da oncologia. A partir daí ganhou corpo o projeto que fez do Hospital de Câncer de Barretos um dos maiores centros de referência em oncologia do Brasil e mundialmente conhecido.

Para o desenvolvimento dos projetos, Henrique contou, e ainda conta, com o auxílio de agropecuaristas pequenos, médios e grandes – segundo ele, não fossem os fazendeiros, as obras nem teriam sido iniciadas –, de artistas, apresentadores de TV e personalidades variadas, como Chitãozinho e Xororó, Sérgio Reis, Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, Daniel, Xuxa e Ivete Sangalo, etc.

Com o objetivo de oferecer o melhor aos pacientes de câncer, Henrique percorreu 21 países, acompanhado de médicos do Hospital de Amor, para conhecer centros de referência em oncologia em todo mundo, e trazer para o Brasil as melhores tecnologias e os melhores protocolos. Fruto desse olhar cosmopolita, o Hospital de Amor tem estreita parceria com o MD Anderson Cancer Center e com o Saint Jude Children´s Research Hospital.

 

Henrique Prata e Gugu Liberato.

O Hospital de Amor foi pioneiro no uso de diversas tecnologias no tratamento de câncer no Brasil, como radioterapia com sistema robótico, uso de testes baseados em inteligência artificial, cirurgia robótica no SUS, imunoterapia no SUS, etc. Atua fortemente em pesquisa. Em 2017 inaugurou as novas instalações de seu Centro de Pesquisa Molecular em Prevenção de Câncer. Em 2018 o Hospital de Amor foi indicado pela Scimago Institutions Rankings o primeiro colocado no ranking de instituições dedicadas à pesquisa na América Latina.

À parte seus negócios pessoais, hoje Henrique Prata, na Fundação Pio XII, dirige um conglomerado de instituições de saúde filantrópicas que inclui:

O Hospital de Amor de Barretos, e suas sucursais em Fernandópolis/SP, Jales/SP, Campinas/SP, Juazeiro/BA, Porto Velho/RO, Macapá/AP e Campo Grande/MS, com vários alojamentos e casas de apoio para pacientes e acompanhantes.
O Hospital de Câncer Infantil, em Barretos, considerado desde 2016 filial do St. Jude Children’s Research Hospital, dos Estados Unidos.
O Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Barretos, considerado um dos melhores do estado de São Paulo.
O Hospital São Judas Tadeu, onde começou a história do Hospital de Câncer, com o Dr. Paulo Prata. Hoje destina-se aos cuidados de pacientes com câncer em tratamento paliativo.
O Hospital Nossa Senhora, para atendimento de pacientes de operadoras de planos de saúde e particulares, não só em oncologia, mas em todas as especialidades.
A Barretos Lamboo, parceria com Lamboo Mobile Medical, empresa holandesa de engenharia e construção de unidades móveis e soluções em saúde; produz veículos customizados para atendimentos médicos e odontológicos e exames como mamografia, ressonância magnética, tomografia, ultrassonografia.
Fábrica de Próteses para substituição de membros amputados.
O IRCAD, Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica, sediado na França e com unidade em Barretos.
A Santa Casa de Misericórdia de Barretos.
Tem um programa na Rede Vida, Acima de Tudo o Amor, que vai ao ar semanalmente, onde compartilha as experiências vivenciadas no Hospital de Amor e propaga a filosofia de amor ao próximo.

Henrique Prata e Silvia Cristina em Porto Velho.

Silvia Cristina e Henrique Prata.

Depois da operação, na volta para Rondônia, ela foi para Porto Velho onde tinha que fazer as sessões de quimioterapia e radioterapia, que duraram longos oito meses, o que lhe deu a oportunidade de descobrir como era o péssimo tratamento oferecido aos doentes com câncer em Rondônia. E foi assim, quando ela vendo o sofrimento de outras dezenas de pessoas, que ela acabou por se esquecer dos seus problemas, das suas dores e acabou descobrindo qual era a verdadeira razão de sua vida. Enquanto se tratava do câncer, no auge da sua dor e do sofrimento, sem as condições ideais de tratamento, Sílvia tomou a decisãode que iria superar aquilo e passaria a lutar incansavelmente para que outras pessoas não tivessem que passar por aquilo e receber aquele tratamento desumano e deficitário pelo qual ela teve que passar. Assim, apareceu um convite para que ela fosse conhecer o Hospital do Câncer de Barretos, onde se apaixonou ainda mais pela luta que já iniciara e passou a se envolver com enorme entusiasmo tanto com a ideia, como com o projeto, que acabou sendo convidada para ser coordenadora voluntária do Hospital do Câncer de Barretos. Desta iniciativa e vontade de ajudar aos outros, nasceu o GAPC – Grupo de Apoio e Combate ao Câncer, em Ji-Paraná, que acabou por se espalhar por todo o Estado de Rondônia. Só que além de colaborar com a arrecadação de fundos e o apoio no encaminhamento das pessoas doentes para Barretos, Sílvia decidiu por tomar uma outra iniciativa arriscada, e o que fez foi preparar um dossiê completo sobre o que tinha vivido em Rondônia com a sua doença, como era dramática e sofredora a vida dos portadores da doença num estado sem a menor condição de estrutura para o atendimento, o que conseguiu convencer o presidente do Hospital de Barretos, Henrique Prata, a conhecer a calamitosa situação em que viviam doentes de câncer no estado em que ela havia escolhido para viver e lutar por este ideal. Prata ficou tão chocado com o que viu, que se emocionou, e, envidou todos os esforços para criar uma filial do Hospital do Câncer de Barretos, em Porto Velho, onde posteriormente ergueu uma obra gigantesca de 20 mil metros quadrados, onde está sendo construída o Hospital do Amor da Amazônia que atenderá toda a Região Norte.

Henrique Prata durante o lançamento de seu livro.

Sílvia não esconde o que sente e diz que dá graças a Deus ter tido um câncer, porque foi através da dor e sofrimento pelo qual passou, por ter conhecido pessoas que sofriam mais do que ela, e por ter conhecido verdadeiros anjos que se preocupam e trabalham contra tudo isto, que ela conseguiu criar forças e coragem para mobilizar muitas e muitas pessoas que se prontificaram a ajudar a mudar a realidade de quem sofre com a doença em Rondônia, sendo que hoje o Estado já tem um tratamento reconhecido internacionalmente.

Quando tudo começou. Silvia Cristina e o presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata que assumiu parceria de trabalhos em prol da luta contra o Câncer em Rondônia.

De professora para deputada.
Professora por formação e jornalista por vocação, foi o seu ativismo em defesa das pessoas que sofrem com o câncer que acabou fazendo com que Sílvia Cristina, mesmo sem querer, acabasse entrando para uma militância política mais ativa. Sílvia conta que relutou muito, muito mais do que todo mundo pensa, para poder entrar para a política. E, mesmo assim, foram necessários muitos anos de pedidos dos seus amigos mais queridos, que fizeram de tudo para convencê-la de que, eleita, ela poderia dar continuidade ao seu trabalho de prevenção ao câncer e, como política, ocupante de algum cargo qualquer, ela poderia ter condições e mais forças para poder brigar por mais recursos e apoio para o setor e as entidades que ajudava a manter.
Depois de ser convencida, foi quando ela teve que juntar ainda mais forças para enfrentar tudo o que ainda podia temer. Desde o início de sua jornada política ela sofreu – e muito – com o preconceito e a discriminação. O sofrimento da infância voltou a se fazer presente, desta vez na política, mas de uma forma diferente: agora não eram mais crianças, e sim adultos, pessoas que se diziam respeitadas e respeitosas, mas que, por trás, batiam pesado e jogavam muito sujo, fazendo de tudo para desmoralizá-la, para atingí-la em seu íntimo, numa tentativa de fazê-la desistir. Só que nada adiantou: o amor à sua causa falou mais alto. Sílvia acabou sendo eleita a vereadora mais votada, não apenas naquela eleição, mas em toda a história do município de Ji-Paraná, quando conseguiu um total de 3.777 votos.
Desenvolvendo um trabalho voltado à defesa das classes menos favorecidas e com ênfase na questão da saúde pública, a vereadora Sílvia Cristina recebeu uma missão de seu partido, que a lançou como candidata a deputada estadual. Apesar de não ter ainda desenvolvido um trabalho no campo político em outros municípios, Sílvia se dedicou com afinco ao que lhe foi confiado, chegando dentre os mais votados de seu partido, com 7.808 votos no total, dos quais 7.097 votos apenas em sua cidade, Ji-Paraná, onde mais uma vez, apesar de não ter conseguido se eleger, foi a campeã de votos no Município naquele pleito, apesar da campanha difamatória que os seus adversários fizeram, e que segundo ela, a fortaleceu ainda mais, pois serviu para mostrar ao povo quem ela realmente era. Sílvia sempre fez questão de dizer a verdade, não escondendo suas origens e o que realmente pensa, destacando que o povo só vota em quem realmente confia e acredita.
Tirando mais uma lição das urnas, ela disse que aprendeu com a derrota, e que isso só a deixou mais forte ainda. Dando sequência ao seu trabalho parlamentar, como vereadora se aproximou ainda mais da comunidade, buscando ali informações, sugestões e ideias para apresentar na Câmara, como forma de poder ajudar ainda mais a resolver os problemas da cidade. Graças a este trabalho incansável, nas eleições municipais de 2016, Sílvia foi reeleita vereadora em Ji-Paraná, e novamente com a maior votação entre todos os vereadores eleitos, desta vez com 1.975 votos.

A primeira dama do país, Senhora Michele Bolsonaro entrou na causa do projeto Hospital do Amor com Silvia Cristina e Henrique Prata.

 

A parceria entre Silvia Cristina e Henrique Prata completa 12 anos.

A política em prol da população.
O trabalho de Sílvia Cristina como vereadora em Ji-Paraná, nos seus dois mandatos, notabilizou-se numa luta aguerrida pela prevenção e qualidade no tratamento de câncer em Rondônia, como ela sempre pregou antes mesmo de sua vida pública. Tanto é que alguns de seus principais trabalhos à frente do legislativo ji-paranaense foram nessa área, como a instituição do Dia de Combate ao Câncer Infanto-juvenil em Ji-Paraná, no dia 23 de novembro, estimulando ações de conscientização à população através de procedimentos informativos e educativos sobre a prevenção, debates e tratamento, e o Projeto Força na Peruca, pioneiro na Região Norte, com a finalidade de oferecer autoestima para as mulheres e crianças que realizam tratamento contra o câncer, e cuja oficina foi fundada em 2016, com o apoio de vários parceiros.
Mas sua atuação na Câmara de Vereadores não ficou só nisso. Ela batalhou pela criação do Projeto Parada Segura, que estabeleceu os critérios para o desembarque de mulheres e pessoas idosas, fora das paradas de ônibus em período noturno, nos veículos de transporte coletivo. Conquistou a obrigatoriedade, por parte dos hospitais terem que registrar e comunicar imediatamente os casos de recém-nascidos com Síndrome de Down às instituições especializadas que prestem assistência e oriemte os familiares. Criou o Projeto de Lei que determina que os pais que tenham crianças autistas, tenham prioridade em atendimentos públicos e privados, evitando assim maiores complicações devido o comportamento do TEA. Instituiu a campanha Janeiro Branco, que estimula o cuidado da Saúde Mental e Bem Estar no Município de Ji-Paraná.

Sílvia também conseguiu, entre outras coisas, a regulamentação, formação e normatização das atividades de Bombeiro Civil, no âmbito do Município de Ji-Paraná, que agora podem exercer a profissão regulamentada; bem como conseguiu aprovação de Lei que regulamentou a profissão de Biomédico no Município, conseguindo oferecer vagas em concurso público, valorizando os profissionais.
Dentre as principais conquistas que Sílvia destaca em sua trajetória como vereadora em seu Município, estão: a criação de tarifa social para entidades filantrópicas, a reforma de unidades de saúde, ampliação da rede de água potável para bairros mais carentes, a emenda par aa construção de uma unidade mista no Bairro São Bernardo, o bloqueteamento e pavimentação de várias ruas em Ji-Paraná, a implantação do Sistema Municipal de Cultura e a reforma da biblioteca municipal, com a aquisição de novos equipamentos, sem falar de inúmeras outras iniciativas e pedidos.
Dentre outros projetos que ficaram encaminhados, como exemplo das lutas incansáveis de Sílvia como vereadora, ficaram a implantação do Banco de Leite materno no Município de Ji-Paraná, e a implantação de UTI e UTI NeoNatal no Hospital Municipal Claudionor Couto Roriz, e diversas outras ideias que nasceram no seio da comunidade.

Silvia e Henrique Prata.

A Frente Parlamentar Mista em Prol da Luta Contra o Câncer. “Dados do Instituto Nacional do Câncer demonstram que a doença é responsável por mais de 12% de todas as causas de óbito no mundo. No Brasil, o instituto estima mais de 600 mil casos por ano”, contabiliza a deputada Silvia Cristina (PDT-RO), que vai coordenar o grupo.

Ela explica que a nova frente parlamentar vai avaliar e sugerir medidas que fortaleçam a pesquisa e o desenvolvimento científico de tratamentos para o câncer. A frente também vai “apoiar as unidades de saúde que atuam na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer”, completa Silvia Cristina.

Silvia Cristina e os parceiros do Hospital de Amor que era sonho e se tornou realidade.

Em entrevista à Rádio Câmara, Silvia Cristina afirmou que hoje falta estrutura para o tratamento e a detecção da doença, como aparelhos de mamografia, por exemplo, “que não são aparelhos caros”.

“Para se ter uma ideia, em 2006, em Rondônia só havia uma máquina de radioterapia que ficava mais quebrada do que funcionava”, relembra a deputada, que enfrentou a doença naquela época. Silvia Cristina e seu hobbie, o violão, que lhe faz bem à alma e ao espírito.

Silvia e Henrique Prata.

 

 

 



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