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Editorial

coluna

Publicado: 30/06/2020 às 08h49min

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Os atropelos das decisões e a falta de controle social

Foi preciso uma audiência judicial para que estado e município voltassem ao diálogo sobre o enfretamento à pandemia do novo..

Foi preciso uma audiência judicial para que estado e município voltassem ao diálogo sobre o enfretamento à pandemia do novo coronavirus. Os casos da doença Covid-19 aumentaram e prefeitura e governo foram unanimes em dizer que faltam medicamentos e profissionais de saúde, mesmo tendo dinheiro para suprir essas compras e contratações. Apesar de ter ampliado os leitos clínicos e de UTIs, não tem médicos, enfermeiros e técnicos para atender tanta gente doente. 

O problema da falta de profissionais de saúde poderia ser minimizado se o governo federal deixasse de lado as picuinhas ideológicas e contratasse ou autorizasse a atuação dos médicos formados no exterior. Existem vários deles prontos para trabalhar, mas falta autorização legal. Difícil de aceitar uma condição dessa, mas é a realidade. Outra alternativa seria a importação de mão-de-obra de outros países que tem sobra de profissionais. Infelizmente, no Brasil, o preconceito é mais forte do que a humildade de aceitar a solução.

A falta de medicamentos é o novo vilão, mas já enfrentamos a falta de álcool gel, fata de máscara descartável, falta de ventiladores pulmonares, falta de ambulâncias e muitas outras faltas vem sendo reveladas a cada fase dessa pandemia. Inclusive tem faltado desde o início, a sensibilidade geral com a importância da vida. Muitas mortes poderiam ser evitadas se a condução do enfrentamento não fosse politizada e, sim, avaliada tecnicamente em todos os eixos. 

Chegamos ao ponto de ter uma grandiosa crise de saúde com elevado número de mortes, uma sinuosa crise econômica com possibilidade de se agravar, crescente índice de depressão, aflição, medo e desespero, e um futuro incerto sem previsões de cura, imunização e retomada da vida normal. É necessário ainda que, os governantes, profissionais de saúde, e outros que exercem influência que parem de espalhar suas convicções pessoais que em nada ajudam nas soluções. Os discursos ideológicos e os infundados só vem servindo para espalhar o pânico ou para minimizar o problema estimulando as pessoas aos erros. 

E quanto às pessoas, que façam o mínimo necessário que é manter a higiene e respeitar as regras. Enquanto o estado não engrossar na condução e fiscalização, as pessoas continuarão batendo perna por aí, e elevando a contaminação. Influenciados pelos diferentes discursos e pelo descontrole social, a população não está respeitando as normas de controle epidemiológico. Ser duro na fiscalização é não prevaricar.


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