Porto Velho/RO, 23 Março 2024 14:41:03

Editorial

coluna

Publicado: 15/07/2019 às 15h41min | Atualizado 15/07/2019 às 15h43min

A- A+

Os portos quase inacessíveis

A situação precária da estrada da Penal (RO-005) merece atenção especial pela importância econômica para Porto Velho e para..

A situação precária da estrada da Penal (RO-005) merece atenção especial pela importância econômica para Porto Velho e para Rondônia. A rodovia estadual tem uns 100 quilômetros de extensão, iniciando na avenida Imigrantes seguinte até a foz do rio Jamari, em frente ao distrito de São Carlos. Nos primeiros 30 quilômetros passam diariamente centenas de carretas carregadas degrãos, principalmente soja, levadas para os portos graneleiros dos grupos Maggi e Bertolin, localizados nas comunidades Porto Chuelo e Aliança, do rio Madeira.

O fluxo de carretas nesse trecho é impressionante. Formam comboios de idas e vindas aos portos. No tempo da seca são infinitos buracos e poeira que cobrem toda visão de quem transita na estrada elevando os riscos de acidentes. E não apenas isso. Os prejuízos com os danos causados aos caminhões pesados causam indignação aos proprietários dos grandes veículos de cargas. O trecho não é extenso, mas as conseqüências e as perdas causadas são milionárias.

O dilema do asfaltamento dessa rodovia vem se arrastando. O ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, chegou a vir a Porto Velho conhecer pessoalmente a estrada e ajudou o Estado a conseguir recursos para a obra. Em dezembro passado, durante o inverno intenso, os serviços de asfaltamento foram interrompidos com a previsão de retornar em março deste ano, o que não aconteceu ainda, mesmo já estando em julho. Não demora volta a chover e nada de asfaltamento do trajeto até os portos. O reinício fica no limite de previsões de um mês que vem que ainda não chegou.

A RO-005 serve também para encurtar as viagens das comunidades ribeirinhas do baixo rio Madeira com a cidade de Porto Velho. Quem vem de São Carlos, Nazaré, Calama, Demarcação e das dezenas de localidades ligadas a esses distritos, utilizam a estrada para seus deslocamentos e escoamento de produção agrícola a partir da confluência do rio Jamari com o rio Madeira até a Capital. O mesmo ocorre com os moradores das comunidades de Aliança, Cuniã, Cujubim, Cujubinzinho, a Porto Chuelo e outra existentes na região.

Outra alternativa para os transportadores de grãos seria tomar o anel viário, que inicia na BR-364 entre o Hospital do Amor e o Hospital Santa Marcelina e encontra com a RO-005 entre as glebas Porto Chuelo e Aliança. Passar por esse atalho é outro complicador com as condições ainda piores. O anel viário serviria também para tirar o fluxo de carretas do perímetro urbano da cidade de Porto Velho, diminuindo os congestionamentos e os acidentes.

Os asfaltamentos da estrada da Penal (RO-005) e do anel viário servirão para minimizar os prejuízos dos escoadores de soja e outros grãos, e serão úteis também, para muita gente das comunidades tradicionais. Que sejam retomados os serviços de imediato.


Deixe o seu comentário

sobre Editorial

O Diário da Amazônia foi fundado em 13 de setembro de 1993. Um jornal a serviço da sociedade, com respeito pela notícia.

Arquivos de colunas