Porto Velho/RO, 22 Março 2024 12:58:12
Diário da Amazônia

Os representantes do crime no parlamento

Ao fazer um balanço da operação Midas, deflagrada ontem simultaneamente por policiais civis de 25 Estados e do Distrito Federa, o..

A- A+

Publicado: 27/09/2018 às 14h43min

Ao fazer um balanço da operação Midas, deflagrada ontem simultaneamente por policiais civis de 25 Estados e do Distrito Federa, o ministro Raul  Junggman, mostrou uma grande preocupação com as facções criminosas e o uso do dinheiro para financiamento de campanhas políticas.

O serviço de inteligência do Ministério da Justiça já identificou a participação de facções criminosas em campanhas políticas deste ano. O caso envolvendo políticos do crime organizado envolveu parlamentares e vereadores. Esses políticos foram custeados com dinheiro do crime organizado.

Segundo o ministro, está sendo criado um filtro para evitar que esses políticos se elejam na próxima semana. Se eleitos, segundo o ministro, o segundo passo será levar informações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que tome as providências necessárias.

Em Rondônia, a presença do crime organizado é bem clara nessas eleições, principalmente na corrida para vagas na Assembleia  e Câmara Federal. Não precisa ser muito inteligente para constatar o fato. Basta acessar as redes sociais que o eleitor terá uma noção das campanhas milionárias postas nas ruas.

O ministro Raul Jungmman entende, e com toda a razão, que não se pode admitir que representantes do crime venham a fazer parte do Parlamento, seja ele municipal, estadual ou federal. Parlamentares do passado, denegriram a imagem de Rondônia, onde eles eram conhecidos nos corredores do Congresso como a “bancada do pó”. O caso ganhou manchete das principais revistas da época.

mais recente caso envolveu a prisão de pessoas importantes pela  Polícia Civil. Elas bancaram campanhas eleitorais e as investigações não pararam. As ações criminosas em Rondônia lembram muito bem o filme Tropa de Elite, onde o sargento Nascimento (Wagner Moura) denuncia durante uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) um parlamentar envolvido com o crime organizado.

Mas também não é somente o crime organizado que está presente nas eleições do dia 7 de outubro na corrida por uma das 24 vagas na Assembleia Legislativa de Rondônia. Os chamados CDSs – Cargo de Direção Superior, parecem estar mais firme do que nunca nestas eleições.  Diferente do crime organizado, os CDSs são vistos como reprodutores de votos e geralmente estão presentes na periferia e cidades mais carentes.

 

Enquanto isso, a sociedade já torce pela cassação dos representantes do crime organizados. Dentro de 11 dias, a população estará elegendo o novo parlamento, respeitando os demais poderes e a imagem do Poder Legislativo.



Deixe o seu comentário