“Prometemos muitas coisas ao povo e agora é a hora de falar como vamos fazer. Me candidatei para completar o que não pude durante esta primeira gestão. O Estado é grande, são 1,2 mil quilômetros de fronteira com a Bolívia e inúmeros os desafios, mas agora tenho velocidade para dar uma resposta satisfatória e os meios necessários para buscar recursos em Brasília”. A afirmação foi feita pelo governador Confúcio Moura ao conceder entrevista em Porto Velho nesta semana.
Reeleito com 419.928 votos, que correspondem a 53,43%, o governador afirmou que diante da confiança depositada dobrou a sua responsabilidade e lembrou que um dos clamores da população é a saúde, um problema que afeta todo o País. “Em Rondônia, a violência no trânsito gera a superlotação do único hospital de emergência e urgência do Estado. Cerca de 90% das vítimas de acidentes da Capital são levadas para o João Paulo II”, disse, ressaltando que o papel do governo é encontrar mecanismos de respostas para atender a essas demandas, não apenas para o caso do hospital de emergência e urgência como também das consultas e dos exames.
Ele citou também o Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia (Heuro), que será construído na Capital com quatro pavimentos e 306 leitos para atender mais do que o dobro de pacientes do JPII. Com pouco mais de um ano previsto para sua entrega, o Heuro é projetado para comportar a demanda da saúde para os próximos 50 anos e contará ainda com a equipe de salvadores de vida, que são os médicos que atualmente atendem na unidade de emergência e urgência. “Tudo que falei para a área da saúde durante a campanha irei atender”.
Existe ainda a intenção de polarizar o atendimento especializado em saúde nas principais cidades do eixo da BR, como Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena, garantindo o direito que a Constituição dá ao cidadão em todo o Estado.
EDUCAÇÃO
A entrega recente da escola Murilo Braga, a implantação do projeto de tempo integral, são algumas das ações para a educação. Mas ainda assim, de acordo com Confúcio não basta um prédio bonito, é necessário bons professores e indispensável uma política nacional de valorização.
Para ele não se trata de promessas ou discursos, pois educação de qualidade não se faz em quatro anos. “Cada governo avança um degrau e faz a sua parte, mas pretendo dentro da minha realidade financeira melhorar a situação dos professores”, prometeu.
Confúcio ainda falou sobre a intenção de reduzir os índices de crimes nas regiões de Ariquemes e Porto Velho, principalmente os de atentado contra a vida, que colocam o Estado na 14ª posição no ranking de mais violentos do País, com meta para chegar à 20ª posição. “Do efetivo da polícia, muitos estão se aposentando, por tempo ou por doença e há a necessidade de renovação. O concurso previsto para o próximo ano, com cerca de 200 vagas terá agora 500, visando justamente suprir a necessidade”, adiantou, observando que é necessário que esses futuros profissionais passem por intenso treinamento para que sejam cidadãos que protejam o cidadão e não que o ameace.
O sistema de vigilância eletrônica realizado através de câmeras nos principais cruzamentos e pontos com alto índices de violência nas cidades do Estado é outro projeto que Irá assegurar índices satisfatórios, conforme garantiu Confúcio.