Deputado Marcos Rogério lembrou que Ji-Paraná já teve 60 mil embarques por mês
Pelo menos 10 companhias aéreas suspenderam voos, em Ji-Paraná, nos últimos 30 anos. O motivo alegado por elas inclui a ausência de investimentos em infraestrutura aeroportuária, corte na isenção do ICMS para o querosene, falência e queda no volume de embarques, o que não constata com a realidade de Ji-Paraná, que já registrou quase 60 mil embarques por mês. A avaliação é do deputado federal Marcos Rogério (PDT-RO), destacando que se foi o tempo em que grandes companhias, como a Cruiser, Oceaner, TAM, Avianca, Varig e Passaredo operavam na região.
Hoje, segundo ele, não somente o município, mas o Estado, vive um outro dilema com a possibilidade de suspensão de voos pela Azul Linhas Aéreas, que vem operando no vermelho há um bom tempo. A empresa comprava querosene subsidiado em Rondônia para abastecer seus aviões, mas a isenção no ICMS foi cortada devido a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adim). Fato esse que pode gerar prejuízos econômicos e comerciais para o Estado.
O benefício da isenção se estende a 15 Estados, o que não descarta a possibilidade de reversão do problema, embora o Governo Federal já tenha anunciado investimentos de R$ 14 milhões em Ji-Paraná. O Banco do Brasil, através da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR), está realizando investimentos em logística em aeroportos regionais em todo o País. Ji-Paraná está entre as cidades selecionadas.
“O município tem perdido muito por não possuir infraestrutura adequada. Estou trabalhando intensamente para viabilizar a reforma e ampliação desse aeroporto. Parte do projeto já foi encaminhada, resta somente a liberação dos recursos e execução da obra”, disse o parlamentar, reforçando que tanto ele quanto o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) têm reivindicado melhorias à conclusão desse projeto, que é de extrema relevância para a população de Ji-Paraná.
A proposta será executada através do Banco do Brasil, órgão executor do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa). “Em Ji-Paraná já houve uma solicitação de Notam junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que não sejamos prejudicados. Infelizmente, fomos surpreendidos com a notícia da possibilidade de suspensão dos voos da Azul devido ao corte da isenção para compra de querosene”, lamentou Osmar Farinácio, diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
A Azul oferece 106 vagas para Cacoal e 72 para Ji-Paraná e Vilhena. “Nós da Acijip já cobramos providências por entender a importância do aeroporto para nossa região Central. Queremos que esses problemas sejam resolvidos para que não resvalem em nossa economia. É preciso uma ação conjunta de deputados e senadores para resolver esse problema em definitivo”, comentou Hugo Araújo, presidente Acijp.
CAPACITAÇÃO
O parlamentar disse ainda que está preocupado com a capacitação dos profissionais que trabalham no aeroporto, pois a ausência de atualização de conhecimentos acarreta em sansões da Anac com restrições ao aeroporto com emissão de uma Notam que impede a realização de voos. “Eu passo no aeroporto toda semana, e toda semana tenho cobrado providências nesse sentido. Se tem pendências temos que resolver, pois uma notificação traz grandes consequências” alertou Marcos Rogério, cobrando providências para o funcionamento do raios-X do aeroporto, que não funciona há quase seis meses. “Hoje a inspeção é manual e isso é constrangedor, não justifica um aeroporto do tamanho do nosso sem esse equipamento”, argumentou.
