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Diário da Amazônia

Partido REDE de Randolfe e Marina foi o que mais fez oposição ao Governo Bolsonaro.

Partido que foi criado há 07 anos, construiu-se a partir de figuras carimbadas do PT. Randolfe diz que partido nunca foi de Esquerda. Será?

Por Victoria Angelo Bacon.
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Publicado: 16/02/2020 às 12h36min | Atualizado 16/02/2020 às 12h38min

Durante o ano de 2019 o partido Rede Sustentabilidade foi o que mais contestou o Governo Bolsonaro na Justiça, em especial no Supremo Tribunal Federal. O partido foi criado por Marina Silva em 2013, porém só em 2015 começou de fato a funcionar. Superou o partido-mor da oposição ao Governo Bolsonaro, o PT de Lula. Randolfe Rodrigues, maior expressão do partido no Congresso, sempre gosta de pontuar que “o seu partido” não tem relação com a esquerda lulopetista e é um partido de Centro com oposição moderada. Infelizmente na prática não é isso. O tema mais comentado no final de 2019 na política nacional foi o DPVAT. O partido Rede Sustentabilidade foi contra a redução drástica da cobrança proposta pelo presidente Bolsonaro e levou uma “surra nas Redes Sociais”.

 

Marina Silva, a principal liderança da Rede Sustentabilidade.

 

Rede se distancia da proposta de nova política em 5 anos de partido.

Um partido que se propôs a renovar a política e furar a bolha das velhas práticas dos caciques partidários. Pouco mais de 2 anos após a Rede Sustentabilidadeobter o registro da Justiça Eleitoral, a legenda chega à primeira eleição nacional com um bancada reduzida no Congresso Nacional e críticas às decisões internas da sigla.Ex-filiados à Rede relatam a alguns jornalistas  de forma anônima, dificuldades enfrentadas no dia a dia, como centralização das decisões, aversão ao diálogo com movimentos considerados “satélites do PT” e retaliações a posições de esquerda e a filiados contrários ao impeachment de Dilma Rousseff.

O procurador da República, Deltan Dallagnol, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede)Imagem: Reprodução/ Twitter.

O partido que mais foi contra o Governo.

Em 07 de agosto de 2019, Randolfe Rodrigues começou a criticar a operação Lava Jato, após as mensagens trocadas entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol foram vazados pelo dono do site o hacker Glenn Greenwald.

A proximidade com a Lava Jato só foi rompida após a publicação dos diálogos pelo site The Intercept em junho de 2019, áudio que segundo ele, comprometedores envolvendo o ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça; o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da Força-Tarefa da Lava Jato em Curitiba; e outros procuradores envolvidos nas investigações. A partir daí, Randolfe adotou postura crítica em relação ao que considerou “práticas abusivas” da Lava Jato.

O senador chegou a dizer que Moro havia perdido as condições de permanecer à frente da pasta da Justiça e que “é praticamente impossível que venha a ser ministro do Supremo Tribunal Federal. Aqui no Senado, tenho certeza de que ele não teria os 41 votos necessários” para confirmar uma nomeação,

O apresentador da Rede TV Sikeira enquadrou o líder do partido Rede no Congresso, após a polêmica envolvendo o DPVAT.

Em 26 de novembro de 2019 foi contestado no STF a Medida Provisória do DPVAT. que extingue o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) e o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações ou por suas Cargas (DPEM).

Em 12 de fevereiro de 2020 o partido ingressou no STF contra a MP Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 6315) no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão cautelar da Medida Provisória MP 914/2019, que altera o processo de escolha dos dirigentes das universidades federais, dos institutos federais e do Colégio Pedro II (Rio de Janeiro).

Em 20 de novembro de 2019 mandado de segurança pedindo a suspensão da Medida Provisória 905 de 2019, a MP do governo federal que cria o “Contrato de Trabalho Verde e Amarelo” e também altera inúmeros pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Segundo a legenda, o meio utilizado pelo Presidente da República, jair Bolsonaro, apresenta “máculas de inconstitucionalidade”. “No âmbito dessa medida provisória, o Presidente faz inserir previsão sobre a redução da multa para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Em 14 de setembro de 2019 protocolou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal ( STF ), nesta sexta-feira, contra a Medida Provisória 896, que acaba com a obrigação de que atos e instrumentos de procedimentos delicitação da administração pública sejam divulgados em jornais impressos. A MP, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Em 22 de agosto de 2019 o partido pediu o Impeachment do ministro Ricardo Salles do Meio Ambiente

A Rede Sustentabilidade pediu o impeachment do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, do partido Novo. A denúncia por crime de responsabilidade foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (22).

Na ação, os parlamentares afirmam que as decisões do integrante do primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro constituem crime e que são incompatíveis com a função “ao perseguir agentes públicos”.

Randolfe critica Fla Flu e defende Lava Jato e mensagens vazadas.

 

 

 



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