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PLANTÃO DE POLÍCIA

Pastor que decepou mão da esposa será julgado por feminicídio

O Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri indiciou o pastor evangélico Josemar Santos de Aguiar, 48 anos, por tentativa de feminicídio e..

Por ViaRondônia
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Publicado: 06/04/2019 às 13h16min

O Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri indiciou o pastor evangélico Josemar Santos de Aguiar, 48 anos, por tentativa de feminicídio e irá submetê-lo a julgamento popular. Josemar está preso desde o dia 12 de março, depois que decepou a mão esquerda da esposa Juliete Coutinho da Costa Aguiar, com um golpe de facão, durante uma discussão, na residência do casal, no bairro Areia Branca, zona sul da capital. O acusado se apresentou espontaneamente dois dias após o crime, foi liberado, e preso novamente, no dia seguinte por ordem da Justiça.

Ao fundamentar sua decisão, o juiz Gonçalves Silva Filho, ressaltou que o crime foi típico de violência doméstica, pois o acusado morava com a vítima e com quem tinha quatro filhos. Segundo o juiz, Josemar atacou covardemente a esposa, “por motivo fútil, mediante meio cruel, com recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher por razões da condição de sexo feminino” e “causando-lhe lesão de natureza gravíssima (amputação traumática em membro superior esquerdo em nível de punho – perda da mão esquerda)”.

DEPOIMENTOS
Além de Josemar e Juliete, outras duas pessoas deram depoimento à Delegacia de Homicídios, onde não deixa dúvidas sobre a materialidade e autoria do crime. Juliete, por exemplo, disse que, no dia do crime, estava na casa da vizinha, a testemunha Izaneide Vieira, quando retornou por volta das 18 horas para se deitar, sendo surpreendida por Josemar, que entrou no quarto com um facão e dizendo ´vou te matar´.

Juliete teve a mão decepada porque se defendeu do golpe, ao proteger o rosto. Logo em seguida, o pastor fugiu do local. Ela foi socorrida pela filha de 15 anos, que a levou para a UPA da zona Sul. Ela afirmou que nunca anteriormente havia sido agredida pelo marido, que não aparentava estar drogado ou bêbado. Durante a audiência ela manifestou o desejo de manter a medida protetiva para que o marido não mais se aproxime dela.

Josemar Junior, filho do casal, também prestou depoimento e disse que estava retornando do trabalho, quando cruzou com o pai, na estrada do Areia Branca. O pai havia acabado de praticar o crime e teria dito: “Corre e vai ajudar aquela desgramada (ou abençoada) que cortei a mão dela”, disse a testemunha não se lembrando qual dos dois termos o pai utilizou. O motivo do crime teria sido a descoberta de um suposto caso extraconjugal entre a vítima e uma terceira pessoa.



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