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Editorial

coluna

Publicado: 03/10/2020 às 09h05min

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Pela ética e contra a corrupção nas eleições

Começou a fase de campanha eleitoral e por todos os lados esbarramos em candidatos eufóricos em busca de votos. O ufanismo dos cabos..

Começou a fase de campanha eleitoral e por todos os lados esbarramos em candidatos eufóricos em busca de votos. O ufanismo dos cabos eleitorais também é notório na empolgação de convencer o eleitor das qualidades de seu representado. Interessante observar a motivação que cada um tem para conquistar um eleitorado que está com políticos atravessados pela garganta. Os candidatos mais sensatos deixaram de disputar por compreenderem que o momento é delicado. Denúncias surgem constantemente mostrando um lado da vida pública que não é o que o eleitor espera quando escolhe em quem votar. Tudo isso tem um preço.  As eleições custam caro no oficial e no paralelo. O investimento de alto capital num mundo capitalista, naturalmente tem uma razão de existir. Quem investe capital, quer retorno de capital.

Essa capitalização de recursos tem um histórico amplo. Ao longo dos tempos, a política foi patrocinada pelos imperadores, republicanos,  cafeicultores, sindicalistas, industriais, carteis do jogo do bicho, empreiteiras e até pelo narcotráfico. Cada origem tem seus respectivos interesses no Poder que deveria agir pela coletividade e, no entanto, os grupos se confrontam na defesa dos interesses que representam. 

Há muito tempo se busca formas mais licitas para os patrocínios de campanhas eleitorais. Também se busca sistemas de controles que possam garantir maior lisura e maior transparência. Uma das ações que buscam maior moralidade na política é o Pacto Contra a Corrupção Eleitoral e Caixa 2, organizado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A entidade que tem um papel social importante nas eleições sempre reúne candidatos para o debate amplo sobre o tema e para buscar a inclusão de princípios éticos nos procedimentos eleitorais. 

Tudo que for implantando por qualquer instituição pela ética e decência na política é importante para o amadurecimento democrático. O eleitor brasileiro necessita de proteção até que se adquire o discernimento pelas práticas da condução política. A formação política de um povo deve ser vista como desafio de toda classe e de todo segmento, afim de tornar as eleições em períodos de debates de propostas e projetos que possam solucionar os problemas da coletividade. Pelo fim da corrupção, o princípio é a formação do caráter.


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