Os números estão detalhados no Portal de Transparência do site mantido pela Câmara Municipal de Vereadores de Porto Velho e são de impressionar. Enquanto o município enfrenta um dos seus piores períodos no que diz respeito a infraestrutura, saúde, educação e ação social, o legislativo portovelhense gastou em 2018, apenas como salários e encargos sociais da folha de pagamento mas de 20 milhões de reais.
São mais de 400 funcionários, entre concursados e comissionados, que servem aos 21 vereadores, responsáveis por fiscalizar o executivo municipal, propor leis e representar o povo em suas reivindicações, função para qual recebem mensalmente R$ 13.551,97, mais benefícios como carro, gasolina, passagens aérea, assessores e outras vantagens.
Trata-se de uma média mensal de R$ 1,8 milhão, gastos apenas com manutenção de pessoal, chegando a quase R$ 3 milhões no mês de dezembro, com o pagamento do 13° salário. O valor mensal repassado pela prefeitura para a Câmara de Vereadores é de R$ 3.694.886,67, o que perfaz um total médio anual de R$ 44.338.640,04 (com base nos valores de janeiro e fevereiro de 2019).
Os recursos acima discriminados são apenas o que diz respeito a folha de pagamento, sem contar os gastos com a manutenção da casa, reformas, ampliações, combustíveis dos carros oficiais, aquisições de veículos e despesas com diárias para viagens para fora do município, como a realizada no mês de fevereiro, quando acompanharam o prefeito Hildon Chaves em uma visita a Goiânia, que custou aos cofres públicos os valores de R$ 12.496,68 com o pagamento de diárias, mais passagens aéreas.
Custo-benefício
Não é a toa que a população de Porto Velho tem reclamado tanto do legislativo municipal. São 21 vereadores que tem o compromisso de comparecerem a duas reuniões por semana na Câmara Municipal, com um custo muito além do que recebe qualquer trabalhador. A necessidade de 400 servidores para atender o legislativo também tem sido bastante questionada. Recentemente o Ministério Público mandou o ex-presidente Jurandir Bengala exonerar 50% dos cargos comissionados e realizar concurso público para contratação dos servidores. Parte dos servidores foi exonerada, o concurso público foi realizado, mas os aprovados ainda não foram chamados.