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PLANTÃO DE POLÍCIA

Pequenos roubos crescem no centro

Aumento é decorrente do fraco policiamento ostensivo no centro da capital

Por Da Silva Diário da Amazônia
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Publicado: 13/11/2015 às 05h10min | Atualizado 13/11/2015 às 09h32min

Nas adjacências da Escola 21 de Abril, no Liberdade, uma estudante foi atacada pelo acusado Felipe Gabriel, às 7h30

Nas adjacências da Escola 21 de Abril, no Liberdade, uma estudante foi atacada pelo acusado Felipe Gabriel, às 7h30

O fraco policiamento ostensivo na região central de Porto Velho é um dos principais motivadores do crescimento do número de ocorrências policiais referentes à prática de assaltos à mão armada de pequeno porte. A opinião é de estudantes que, “em plena luz do dia”, já foram vítimas de marginais quando se encontravam nas adjacências das instituições de ensino em que estudam. “Eu saí da escola, Carmela Dutra, e seguia para o ponto de ônibus quando passaram dois homens de bicicletas e me tomaram a mochila e o aparelho celular. Gritei, mas ninguém me ajudou. Também não havia polícia por perto”, explica a estudante que se diz muito revoltada com a situação. Ela também explicou que já é a terceira vez que é atacada desde que passou a estudar no local, há dois anos.

Os registros policiais com essa características, de acordo com informações da própria Delegacia de Polícia Civil que tem a jurisdição da área, o 1º Distrito, vem sofrendo um acréscimo significativo com a chegada do período de final de ano. Isso, segundo o delegado Paulo Kakiones, titular do órgão, em função do aumento das movimentações financeiras. “Muito mais pessoas se deslocam para a região central para fazer comprar e outros negócios. Isso atrai mais ainda a marginalidade. As pessoas também precisam colaborar se prevenindo. É necessária menor exposição possível, deixar de ficar em locais pouco movimentados portando objetos de valor à presença pública”, explica o delegado.

Mais de 30 registros por dia

De acordo com os dados apresentados pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Velho, referentes ao número de ocorrências registradas no órgão durante os dez primeiros meses de 2015, a média diária chega a 33 casos. O maior volume de crimes, segundo informações, está distribuído entre roubos, furtos, agressões físicas e práticas de estelionatos. “Registramos mensalmente uma média de mil ocorrências. No centro da cidade, o que mais nos chama a atenção, é quanto aos crimes de estelionatos e furtos em veículos. Mais recentemente, os assaltos em pontos de ônibus também cresceram. Na maioria dos casos os marginais trafegam em bicicletas, em duplas, e atacam as pessoas sem fazer cerimônia. Em seguida, saem calmamente”, explica.

O delegado Paulo Kakiones também alerta para o fato desses marginais, que vêm praticando roubos em pontos de ônibus, principalmente durante o dia. Ele explica que é preciso ter cuidado quando alguém pensar em reagir. “Muitos desses bandidos são viciados em drogas e perambulam tranquilamente pelas ruas portando armas brancas, tipo facas. No caso de uma reação, por parte da vítima, ela precisa compreender que esses são elementos perigosos”, comenta.

Das ocorrências registradas no 1º DP, segundo as informações, mais de 50% são referentes a crimes contra o patrimônio. Os roubos em pontos de ônibus são os primeiros da lista. As portas de bancos, principalmente para as pessoas idosas que costumam ir mais cedo para sacar pequenas quantias, o risco também aumenta neste período. De acordo com o delegado, pessoas de idade avançada, e que são aposentados, também têm sido vítimas principalmente dos golpistas estelionatários. Sobre as regiões situadas nas adjacências do centro da cidade, o delegado ressaltou que há um volume maior de crimes nos bairros Nacional, São Sebastião e Olaria.

Os furtos também estão entre as ocorrências com maior incidência na delegacia e que, na opinião do delegado, contribuem para o grande volume de serviços. Dentro dos ônibus, segundo o delegado, tem ocorrido muitos furtos. Os infratores levam objetos de pequeno valor, aparelhos celulares e documentos das vítimas. A falta de atenção contribui para a ação dos marginais.

 



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