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Diário da Amazônia

Pescado de Rondônia com valor agregado

Empresários anunciam construção de indústria de ração em Rondônia.

Por José Luiz Diário da Amazônia
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Publicado: 01/06/2015 às 15h25min

O complexo industrial vai produzir ração para peixe ; empresários projetam para até o início de 2017 colocar a indústria em operação

O complexo industrial vai produzir ração para peixe ; empresários projetam para até o início de 2017 colocar a indústria em operação

Com investimentos de R$ 35 milhões, beneficiando 15 mil toneladas de pescado/ano, tambaqui, pirarucu e pintado, sendo 70% para o mercado do sudeste brasileiro e 30% para os Estados Unidos, Europa e Ásia, os empresários e sócios paulistas Arthur Labes e Laércio Aguiar, projetam para até o início de 2017 colocar em operação a indústria “Rondônia Alimentos”.
A empresa de capital fechado projeta inicialmente gerar 200 empregos diretos e 3 mil indiretos, numa área de 50 mil metros quadrados cedida pelo governo do Estado no parque industrial de Porto Velho, com projeção para suprir as necessidades dos piscicultores no Estado.

O complexo industrial vai produzir ração que é o principal insumo dos criadores de peixe, neste projeto inédito no Estado. Na verdade, trata-se de um projeto moderno para transformação do pescado com a produção de ração e uma fábrica farinha com total aproveitamento da matéria-prima bruta, transformando os sub-produtos com valor agregado e de qualidade.

Conforme explica Laércio de Aguiar, a proposta é de formar uma sólida parceria integrando a indústria com os produtores rurais, por se tratar de uma empresa industrial 100% voltada para o processo inovador do pescado no Estado de Rondônia, gerando a satisfação aos clientes pela qualidade e sustentabilidade do produto.

Controle de qualidade

Para Rondônia, que ainda é carente em projetos de infraestrutura para desenvolver com tecnologia de alto padrão, um sistema que garanta a qualidade do pescado, que deve vir com controle de qualidade, desde a rastreabilidade da matéria-prima até o ponto final de consumo, passando pela despesca, essa indústria vem preencher uma vasta lacuna.

Os investimentos são altos e o tempo é curto, segundo afirma o outro sócio do empreendimento, Arthur Labes, que não vê dificuldades em formar logística bruta, processamento industrial, inovação tecnológica, comercialização e exportação de alto valor agregado, gerados no Estado de Rondônia. Na realidade, eles já possuem o domínio completo dos segmentos complementares de processamento de farinha e de desenvolvimento, produção e comercialização de ração especifica para as espécies de peixes desenvolvidos no projeto no Estado de Rondônia.

  Os empresários Arthur Labes e Laércio Aguiar concederam entrevista ao Diário Rural

Os empresários Arthur Labes e Laércio Aguiar concederam entrevista ao Diário Rural

De uma maneira ou de outra é um projeto inovador, competitivo e sustentável, acima de tudo e como já foi dito trata-se de um grupo economicamente independente e que sabe onde deve investir com segurança. Consta do projeto inclusive a busca de parcerias para a produção de peixes em assentamentos sociais. Rondônia tem 212 assentamentos, quem sabe não está aí uma boa fonte de renda para as famílias assentadas.

Situado estrategicamente em Porto Velho o complexo industrial chama atenção pela localização geográfica do Estado e Rondônia com saídas para o Centro Sul do País e para o Pacífico rumo à Europa, além dos mercados Andinos. Outro detalhe importante, a proposta da empresa é adquirir a matéria-prima do produtor por um preço justo. Ou seja: todos ganham.

Manejo

Tanto, Arthur Labes, quanto Laércio de Aguiar fizeram questão de mostrar o pensamento deles e a preocupação com o reflorestamento ambiental, a empresa destinará parte dos lucros auferidos para investir em reflorestamentos no Estado de Rondônia. A área em torno da indústria será toda reflorestada.



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