Pesquisa mostra que Brasil tem um coronavírus próprio

São preocupantes as informações cientificas que chegam do avanço do coronavirus no Brasil. A primeira é a manchete desta edição que mostra dados do Ministério da Saúde sobre os registros de casos e de mortes no primeiro mês de contaminação, respectivamente, no Brasil (77 mortes e 2.915 casos) e na Itália (29 mortes e 1.694 casos). Desde o início do surto, já morreram 8 mil italianos e o país contabiliza mais de 62 mil pessoas infectadas.

Esperamos que o período de distanciamento social implantado no Brasil venha surgir efeito, caso contrário, haverá muito mais luto no Brasil do que na Itália. A Fundação Getúlio Vargas divulgou também na última quinta-feira (26), quando fechou o primeiro mês de registros, que nas microrregiões brasileiras, ou seja, nos pequenos e médios municípios, a situação será ainda mais alarmante do que nas grandes cidades. Trata-se do fenômeno de envelhecimento da população observado mais nos lugares menores.

Outra informação que causou preocupação foi veiculada no G1, mostrando que em 48 horas, cientistas brasileiros fizeram o sequenciamento genético de 19 amostras de coronavirus de pacientes de pacientes de cinco estados. O resultou revelou que o vírus ganhou características próprias e agora, lamentavelmente, podemos dizer que temos um coronovirus brasileiro.

Essa mutação dentro do território nacional pode interferir em protocolos clínicos de tratamentos que deram certos em pacientes com o coronavirus de características de outros países. Se isso ocorrer poderemos ter uma grande tragédia nacional até conseguir o controle. Esperamos que a população possa colaborar mantendo os cuidados recomendados até o mal vá embora de vez.