FRASE DO DIA:
“A Lava Jato do MEC vem aí” – Carlos Bolsonaro
1-Como criar um problema…
Conselhos são órgãos consultivos que auxiliam na formulação de políticas a partir de suas visões múltiplas onde o dissenso é salutar e deve ser apoiado. Uma técnica em segurança, Ilona Szabó, cuja visão difere da crença do ministro Moro, foi nomeada por ele para o conselho de segurança e a “casa caiu” sobre a cabeça do ministro. O nome desgostou parte do governo, redes sociais e um filho do Bolsonaro e aí por ordem do presidente, o ministro demitiu Ilona e assumiu o erro fabricado pela intolerância.
2-Como turbinar um problema…´
Pesquisa, enquete, pitaco e postagem até aferem o feeling do povo, mas não servem como tomada de decisões de governo. No caso Ilona a turba vociferou e o Bolsonaro ainda com a visão de palanque eleitoral esqueceu que nomeou ministros e que é deles a equipe. Bolsonaro que mantém seus enrolados na justiça poderia publicamente apoiar o Moro e até negociar a saída da Ilona, apenas por um desejo pessoal ou para atender o pensamento do filho, o “enfant terrible” ou as redes sociais: escolheu o pior.
3-Ah… os filhos
Tenho qualquer pai problemas com meus filhos. Sofro se sofrem, mas suas escolhas e suas vidas são suas. Bolsonaro é paternalista, mostra isso, mas o presidente não deve ser e, infelizmente seus filhos estão promovendo ruídos na comunicação oficial do seu governo, trazendo desgaste para outros poderes, ministérios – caso da Ilona – e até outros países. Geisel que Bolsonaro admira, viveu um lance difícil ao preterir o irmão para comandar o Exército. Ficaram abalados para sempre, mas primeiro é o estado.
4-Crise jurídico-penal
O “Redivivo” a expensas do estado foi às exéquias de um neto e, como tudo que versa sobre o indigitado, causou polêmica, agito, nota, repúdio, guerrilha, tererê, cousa e lousa. Não tenho opinião sobre o fato e assim me atenho à lei de execuções penais. Se posto está que ele pode, vá e volte à sua “masmorra política”, como chamam os sumo-sacerdotes de sua seita. E desta feita não foi Moro ou Hardt, mas um botom da SWAT que se transformou em lança mortal no São Sebastião de Araque lá do ABC.
5-Foi-se
30 dias após a tragédia de Brumadinho a lama continua fazendo vítimas. O presidente Fabio Schvartsman e executivos seniores renunciaram no sábado. A Vale noticiou que seu presidente ofereceu a renúncia, aceita imediatamente pelo Conselho, mas não foi bem assim. O MP de uma forma geral recomendou sua saída e ele tentou segurar-se até que documentos mostrando que a Vale sabia dos riscos vieram à tona. E foi-se!