Apesar da diversidade de povos, etnias e tons de pele, o Brasil se configura um país com altos índices de racismo, notório ao analisar as estatísticas de assassinato de pessoas negras em relação às não negras divulgadas em 2018 pelo Atlas da Violência.
A pesquisa realizada de 2006-2016 aponta um aumento de 23,1% no índice de homicídios de homens negros no Brasil; o reflexo da desigualdade racial vivida no país é ainda maior ao comparar esses dados com a redução em 6,8% da taxa de assassinato contra pessoas não negras no mesmo período de análise. O estado com mais casos de homicídio de negros é Sergipe, em que a cada 100.000 pessoas assassinadas 79 são negros.
Os altos índices de violência também são apontados entre o sexo feminino, já que apesar das taxas de homicídio contra mulheres negras serem muito menores do que a dos homens, os assassinatos contra elas é 71% superior em relação às mulheres não negras.
As pesquisas que tiveram apoio do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do IPEA são precisas e corroboram para a quebra de paradigma de que o Brasil é um país distante do preconceito apenas por ter diversidade étnica.