Porto Velho/RO, 25 Março 2024 18:39:00

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 19/05/2020 às 08h00min

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Pipocam pelo País as denúncias de superfaturamento e desvio na saúde

A copa do Coronavirus Como se recorda, a Copa do Mundo no Brasil foi repleta em propinas e maracutaias deixando um rastro de estádios..

A copa do Coronavirus

Como se recorda, a Copa do Mundo no Brasil foi repleta em propinas e maracutaias deixando um rastro de estádios elefantes brancos pelo Brasil pelas capitais que sediaram os jogos daquele mundial. O legado foi de construções luxuosas abandonadas que custavam milhões e de elevado custo de manutenção até hoje, mas que renderam milionários dividendos para os políticos e empreiteiras. O que se vê agora, em plena pandemia do coronavirus, é uma grande rapinagem no Brasil por conta da aquisição de equipamentos médicos, na compra de estabelecimentos hospitalares e na construção de hospitais de campanha.

Não é de hoje que se sabe que a saúde tem sido um dos segmentos mais usados no desvio de recursos, mas esperava-se que numa situação grave como esta, espirito de grandeza dos políticos e empresários. Em Rondônia, por exemplo, sucessivos secretários da saúde foram processados e alguns até presos pelos desvios de recursos em mutretagens.

Uma situação que tem se agravado através dos anos.

Pipocam pelo País as denúncias de superfaturamento e desvio dos recursos na saúde. Do Amazonas, onde já se pede o impeachment do atual governador a Santa Catarina onde foram flagrados secretários do primeiro escalão rachando o butim com empreendedores acostumados aos malfeitos. Infelizmente temos uma verdadeira Copa da Rapinagem em andamento em solo brasileiro, onde a solidariedade é vencida pela cobiça com o ser humano mostrando sua pior face. Recursos que poderiam ser canalizados para atenuar o sofrimento da população indo para o ralo.

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Falta grana

Mesmo já permitida pela justiça eleitoral a arrecadação de recursos financeiros pelos pré-candidatos ao pleito de outubro, falta dinheiro circulando na praça para atender os anseios dos prefeituraveis e postulantes a vereança em Porto Velho. Antigamente a coisa era mais fácil nas visitas feitas aos empresários e comerciantes que financiavam as candidaturas. Mas os barões do tráfico e da lavagem de dinheiro estão por aí e sempre investindo nos seus amiguinhos…

Na arena

Dividido em alas internas que lutam encarniçadamente e nem sempre com regras limpas, agora que Lula não parece mais ser um obstáculo o governo transferiu o cenário de polarização para a “guerra” Bolsonaro x Moro. Como seria inevitável, a Amazônia foi jogada no meio da arena na pendenga entre o presidente e seu ex-ministro da Justiça.

As brigas

Nas brigas entre marido e mulher, os vizinhos ouvem alto e claro quais são os defeitos de cada um, pois ambos gritam sem freios. Descuidos e omissões com a região começaram a ser atirados no ventilador quando o próprio presidente, na pressa de atacar o ex-ministro e demonstrar que não merecia mais sua confiança, trouxe de volta o escandaloso caso da destruição pelo Ibama e Força Nacional de equipamentos usados por grileiros para desmatar.

Bate cabeça

Ainda não se sabe a que ponto essa revelação involuntária feita no calor da briga causará problemas ao presidente ou ao ex-ministro, mas áudios, vídeos e mensagens particulares escancaradas municiam os inimigos e pioram ainda mais o infeliz bate-cabeça entre ministros e subalternos, que enfraquece e prejudica a gestão. As oposições só assistem, à espera de jogar mais gasolina na fogueira. É positivo que a verdade venha à tona, mas já se sabe que casa dividida não subsiste.

Trata Brasil

O Instituto Trata Brasil, que mede os índices de saneamento básico no país tem no seu ranking as cidades melhores aquinhoadas no segmento que são os municípios de Franca (SP), Cascavel (PR) e Uberlândia (MG). Infelizmente os municípios rondonienses não se encontram em boas condições no quesito e a própria capital rondoniense, Porto Velho padece com um dos piores índices de abastecimento de água e coleta de esgoto no país. Passam os anos e anda muda, é lamentável.

Via Direta

*** O Brasil vai se afundando numa interminável crise com a pandemia do coronavirus *** Os estados da Amazônia estão seriamente infectados, com as capitais Manaus (AM) e Belém PA) atingidas e com os casos se multiplicando geometricamente. Aonde vamos parar com tudo isto *** Com as últimas paralisações o comércio de Porto Velho voltou a se ressentir. Muitas lojas fechando nos principais centros comerciais da capital *** Lideranças do segmento lojista já acreditam em 10 mil desempregados nestas bandas *** As municipalidades estão esticando o bico já ressentidas com as consequências da paralisação das atividades *** As arrecadações dos tributos municipais despencaram de vez e os prefeitos rondonienses preocupados como pagarão a folha dos servidores no mês de junho *** Mesmo com todas as restrições impostas em Porto Velho o índice de isolamento social segue inferior a 50 por cento. Difícil reduzir a curva deste jeito.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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