Porto Velho/RO, 22 Março 2024 04:05:17

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 07/11/2019 às 08h46min

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Piscicultura e aquicultura podem superar maluquice da polarização

Mais que um símbolo Ainda sob as múltiplas reflexões provocadas pelo Sínodo da Amazônia, é muito natural a volta do peixe ao centro..

Mais que um símbolo

Ainda sob as múltiplas reflexões provocadas pelo Sínodo da Amazônia, é muito natural a volta do peixe ao centro dos debates sobre ações concretas e imediatas de sustentabilidade. O peixe, desde os tempos bíblicos, sempre foi um símbolo cristão por excelência. Trata-se de pescar homens, afinal de contas, sem esquecer de multiplicar os peixes.

O foco no peixe foi notado durante o seminário “Oportunidades REDD+ Rondônia para Amazônia”, quando uma atenção especial foi dada à definição de políticas públicas para aquicultura e pesca nos estados da Amazônia.

A piscicultura e a aquicultura podem superar a maluquice da polarização porque, como foi dito, são trabalhadas em poucos espaços, trazem grandes ganhos econômicos e diminuem os impactos ambientais. Não corta árvore, não queima biodiversidade ou polui. Trata, simplesmente, de criar peixes e pô-los no mercado mundial ansioso por sabor, sustentabilidade, respeito aos povos e à natureza. E preços convidativos, claro.

Pode-se dizer que o filé de toda a mesa farta de saborosas propostas foi a proposta de um projeto de apoio ao desenvolvimento de baixas emissões baseada no peixe. Cabe agora considerar toda a ampla rede de itens que precisam ser levados em conta, do apoio político sem o qual nada se faz até a identificação de parceiros e o garimpo de financiamentos.

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O mais cascudo!

Da série os Melhores do Ano, não poderia faltar o político mais “cascudo” em Rondônia. Falo do ex-deputado federal, ex-prefeito e ex-governador, atual senador Confucio Moura. Ele foi um verdadeiro predador. Primeiro, asfixiando como uma sucuri, os Amorins no Vale do Jamari, depois como uma onça derrotou a dentadas o grupo político de Ivo Cassol/Expedito duas vezes, e como um bufalo estraçalhou os Raupps. É o cara!

Nossa história

Com pompa e circunstância, o jornalista, apresentador e historiador José Luiz Alves vai lançar no próximo dia 18 o livro “Centro-Oeste e Rondônia depois de Getulio e Juscelino”. O prefácio é do professor universitário Solano Ferreira, editor do nosso Diário. O ato vai acontecer no salão verde do Sebrae. Recomendo. Zé Luis já tem outras obras publicadas, mas nesta caprichou mais na apuração dos fatos históricos trazendo tambem fatos pitorescos da região.

Vida complicada

No pacote de medidas anunciado pelo ministro Paulo Guedes esta a restrição da criação de novos municípios e a anexação de pequenos municípios com menos de 5 mil habitantes e baixa arrecadação.  Considero a medida justa e necessária. Contudo, temos casos diferenciados no Pais, como Porto Velho, cuja extensão territorial é semelhante a de um estado, como Sergipe. O Distrito de Nova California, por exemplo, fica a 350 quilometros da capital rondoniense.

Sonhos desfeitos

A aprovação do Pacote Guedes vai liquidar os sonhos de Extrema, Tarilândia, Jacy-Paraná, União Bandeirantes, Triunfo, Vista Alegre do Abunã, Fortaleza do Abunã, entre outras localidades cujas lideranças sonhavam com a autonomia. No meio destes distritos esta União Bandeirantes, uma localidade com economia forte e mais populosa do que pelo menos 10 municípios rondonienses.

Fazendo as contas

Debruçado sobre os recentes numeros sobre demografia, eleitorado e as pespectivas para as eleições municipais em Porto Velho tive algumas conclusões que considero óbvias. Desde 2018 o eleitorado dos distritos aumentou muito e algumas localidades deverão melhorar a representatividade na Câmara de Vereadores. Em todos os distritos e lugarejos juntos, já são quase 100 mil dos 530 mil habitantes, algo que pode alterar muita  as pesquisas que tem sido feitas só na parte urbana capital.

Via Direta

*** A PEC do Pacto Federativo apresentado pelo governo Bolsonaro pode extinguir até 7 municípios rondonienses. Mas se o critério fosse apenas falta de renda para se manter seriam mais de 20 *** Seriam menos alcaides para desviar recursos, uma penca de vereadores chupins que só dão prejuizos para o erário e a população *** No Rio Grande do Sul quase boa parte dos quase 500 municípios seriam incorporados por cidades mais bem estruturadas *** A gritaria já começou do Oiapoque ao Chui, afinal ninguém  quer perder privilégios *** Trocando de saco para mala: o segmento bancário segue gerando demissões em todo País *** Agora o Bradesco também acenou com Progama de Demissão Voluntária com direito a premiações *** Serão fechadas dezenas de agências deficitárias, algumas em Rondônia *** O entusiasmo com a construção da Usina de Tabajara em Machadinho do Oeste arrefeceu um pouco *** Ocorre que da realização do leilão pelo Ministério das Minas e Energia até o início das obras ainda demora pelo menos mais um ano.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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