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Platéias; R$ 57 milhões podem ter sido desviados em Rondônia. 163 pessoas vão à PF

Aproximadamente 300 policiais federais trabalham na operação Platéias, que investiga a atuação de uma organização criminosa, formada..

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Publicado: 20/11/2014 às 09h46min | Atualizado 28/04/2015 às 12h31min

plateiasAproximadamente 300 policiais federais trabalham na operação Platéias, que investiga a atuação de uma organização criminosa, formada por lobistas e agentes públicos, responsável por desvio de verbas públicas e direcionamento de licitações no estado de Rondônia. A Operação iniciou na manhã desta quinta-feira (20) e, segundo a Polícia Federal, 163 pessoas devem ser conduzidas coercitivamente para prestar depoimento, realizadas 26 buscas e 4 prisões temporárias. A operação é feita em Rondônia, Acre, Amazonas, Bahia, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, DF e Espanha, país onde um envolvido será detido.

Os contratos sob suspeita chegam a quase R$ 300 milhões e o grupo teria desviado mais de R$ 57 milhões. Segundo as investigações, empresas interessadas em participar de licitações do governo de Rondônia eram obrigadas a fazer doações a campanhas eleitorais.

O governador de Rondônia, Confúcio Moura pode ter envolvimento no caso.

Ele foi levado à sede da Polícia Federal em cumprimento a mandado de condução coercitiva – quando a pessoa não é presa, mas é obrigada a ir para a Polícia Federal, mesmo que se recuse a prestar declarações.

As investigações tiveram início em 2012 e apuraram que empresas interessadas em participar de licitações do governo de Rondônia eram obrigadas a fazer doações a campanhas eleitorais. As licitações eram direcionadas para serem vencidas pelas companhias que faziam parte do esquema criminoso. Em alguns casos, havia até mesmo dispensa de concorrência pública.

Teria-se criado um fundo de propina que chegava movimentar cerca de R$ 2 milhões por mês. Também foram verificados pagamentos indevidos a agentes públicos.

Entre os contratos investigados estão o da construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o de fornecimento de alimentos a hospitais e presídios e o de compra de medicamentos.

Foram encontradas irregularidades na Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (Caerd) e em oito secretarias do atual governo: Saúde, Justiça, Educação, Desenvolvimento Ambiental, Assistência Social, e Obras e Serviços Públicos.



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