BUSCA O QUE ESTÁ PROCURANDO?

Onde deseja efetuar a busca?

PM é condenado a 24 anos de prisão por matar jovem a pauladas

Policial Thiago Quintino Meche, do 22º BPM, foi inocentado. Segundo testemunhas, não ficou provado que ele participou da ação

Publicado: 18/01/2019 às 09h24

O policial militar Jefferson Alves de Souza, do 22º Batalhão da PM, foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão em regime fechado no juri popular que se encerrou às 23 horas da quinta-feira (17) pela morte de Gabriel Paiva, de 16 anos, a pauladas, na Vila Missionária, na zona sul de São Paulo, em abril de 2017.

O julgamento teve início às 12h30 da quinta-feira no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da cidade, e contou com a participação de pessoas da família do jovem, testemunhas e advogados.

Jefferson, que segundo moradores da região era conhecido como “negão da madeira”, pela forma violência com costumava agir, foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilitou a defesa da vítima.

O outro policial militar Thiago Quintino Meche, também do 22º Batalhão de Polícia Militar, parceiro de Jefferson na ação, foi inocentado. Na versão das testemunhas, não ficou comprovado que ele participou da ação.

Foram ouvidas três testemunhas de acusação, sendo o irmão de Gabriel, Roger Paiva, de 23 anos, que presenciou o crime e outras duas mulheres que foram protegidas. A defesa não apresentou nenhuma testemunha.

Para o advogado e membro do Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo), Ariel de Castro Alves, a justiça foi feita. “Não vai ressarcir jamais a perda que a família teve, do Adolescente que estava iniciando sua vida, mas gera um alívio e a sensação de que a verdade prevaleceu.”

Segundo ele, nesses casos, as famílias acabam sofrendo duplamente porque as defesas dos policiais tentam desqualificar as vítimas e justificar a brutalidade e a crueldade nas ações.

“A decisão também serve para evitar que esse mesmo policial condenado faça novas vítimas e para inibir que outros policiais cometam atos similares”, afirmou o advogado.

O advogado de defesa do policial condenado, Caio Cavalcante afirmou que a defesa entende que foi uma pena alta pelo caso. “Fugiu do padrão e vamos recorrer. O recurso será enviado para o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Os jurados acolheram a sustentação da acusação e, infelizmente, foi uma decisão por maioria.”

Por R7

Deixe o seu comentário