A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) a ser feita em 2019 terá questões para saber qual a sensação de segurança que os brasileiros têm. Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai definir os parâmetros para retomar a Pesquisa de Vitimização, que não é realizada desde 2009.
Essas avaliações foram discutidas entre o presidente do IBGE, Roberto Olinto, e o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, na última terça-feira (28). “É preciso ter essas informações para que a gente possa construir uma efetiva política nacional, porque o Susp [Sistema Único de Segurança Pública] será instalado no início de setembro”, disse Jungmann.
Para isso, o ministro defende que a Pnad questione quem foi vítima de roubo ou de assalto, se a vítima tem a quem recorrer, se a pessoa já foi agredida e informações sobre feminicídio. Atualmente, a pesquisa colhe informações anuais sobre características demográficas e socioeconômicas da população, como sexo, idade, escolaridade, trabalho e rendimento; características dos domicílios, e, com periodicidade variável, informações sobre migração, fecundidade e nupcialidade.
Vitimização
Segundo Olinto, com a escolha das perguntas, elas já poderão ser incluídas no levantamento a partir do ano que vem. A elaboração da Pesquisa de Vitimização, no entanto, deve demorar mais a ser concluída. “Estatística leva algum tempo. A Pnad é em 2019, em 2020 vamos trabalhar no censo demográfico e no planejamento da outra pesquisa [de vitimização] para tentar o mais rápido possível botá-la em campo”, afirmou o presidente do IBGE.
Estatística leva algum tempo. A Pnad é em 2019, em 2020 vamos trabalhar no censo demográfico e no planejamento da outra pesquisa [de vitimização] para tentar o mais rápido possível botá-la em campo.
A Pesquisa de Vitimização é uma exigência da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Ela permite que sejam feitas comparações entre países e se avalie como está a situação de cada um globalmente. Para essa abordagem, os pesquisadores vão questionar diretamente as pessoas sobre crimes não comunicados às polícias e suas experiências como vítimas de crimes, mas com o cuidado para evitar constrangimentos, destaca o instituto responsável.