FRASE DO DIA:
“Podemos propor uma forma de leniência para o caixa 2 já praticado e o criminalizarmos para o futuro”. – Carlos Marun, deputado e ministro, ele mesmo enrolado no caixa 2. Falta óleo de peroba.
1-MDB (mais ou menos) pacificado
Parodiando Jobim, o MDB não é para principiantes. Um “bafão com “pé dôreia”, porta quebrada e sopapos. Depois foi o previsível acordo. O MDB é um saco de gatos raivosos. Gatos, se arranham, brigam, são territoriais, independentes, mas não são solitários e nem se matam. No fim se lambem em sinal de paz e da convenção saiu a paz possível: Maurão, Raupp e Confúcio. “Gatos criados” em busca do poder político dentro e fora do MDB. Mas a zoeira tende a continuar com brigas e miados, unhadas, etc. Os gatos são assim. E têm um lema: “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
2-Acir já fala em projeto para Rondônia
Em clima de paz e festa PDT e PSB fizeram a convenção conjunta. Acir Gurcaz é o candidato ao governo de Rondônia pelo PDT e Jesualdo Pires, ao Senado pelo PSB. Na outra vaga ao Senado Carlos Magno do PP. É o resultado de uma estratégia bem executada e o arco de alianças deve se multiplicar à frente. Pregando a união povo, empresários e políticos para um projeto de Rondônia, Acir disse: “Vamos investir na educação, saúde, segurança. Para isso temos que produzir cada vez mais e industrializar aquilo que produzimos.” Diferente e interessante. Menos nhém-nhém-nhém e mais trabalho, menos politicalha e mais política, menos miséria e mais riqueza. Gostei da proposta!
3-Bolsonaro cresce e assusta
A revista Veja traz Jair Bolsonaro e extensa matéria com uma “pesquisa exclusiva” e avisa na capa: “Bolsonaro cresce e assusta”. Recomendo a leitura, mas é relevante ver este contraponto da Carla Castro. A cada quatro anos o país encara alguém como ele. Quatro anos após percebe que estaria do mesmo jeito com quaisquer nomes. Sem “salvador da pátria”, nossos problemas estruturais só se resolverão com reformas, o que é impossível com os atuais três poderes, Congresso, Judiciário e Executivo nos seus feudos, mirando o próprio umbigo e administrando o caos a cada brecada.
4-Sobre feudos, reformas e umbigos…
“Pode não ser do nosso interesse facilitar a vida do vencedor”. A frase dita por influente senador do MDB trata reforma da Previdência este ano se houver vontade política, informa Lauro Jardim, de “O Globo”. A proposta está sendo articulada, mas acreditem, “depende de quem ganhar em outubro”. Ou seja, a reforma é possível, remota, mas factível. Como os que podem promovê-la – Senado, Executivo, Judiciário, partidos, bancadas – que comandam o país visam só o próprio interesse, qualquer reforma só será aprovada se “sobrar algum”. A corrupção é endêmica e tem força de lei.
5-Oportunidade de emprego político
No país do desemprego recorde várias oportunidades de emprego para moças e rapazes de fino trato com remuneração atraente, seguro, plano de saúde nacional, passagens aéreas, ambiente de trabalho para ninguém botar defeito e mordomias da largura da boca ( e haja boca ). Procuram-se vices para presidente e governadores. Não é preciso experiência, nem curriculum vitae, graduação, nada, mas é imprescindível conhecer as manhas e indicar caminhos para conseguir dinheiro, voto e tempo de TV, sem o que a carreira pode não decolar. Há também vagas para suplentes. Neste caso porém é necessário um investimento ou aval para as contas do titular. Negócio de ocasião.