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Publicado: 09/12/2023 às 10h40

POLITICA & MURUPI

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O BRASIL E AS SUAS IDIOSSINCRASIAS OU AS SUAS JABUTICABAS

Para começo de conversa jabuticaba não é a mesma coisa que idiossincrasia e nem é um fruto (ou seria mais apropriado dizer fruta ou talvez frute?) exclusivo do Brasil, apesar de originária da Mata Atlântica. “Nossa terra tem palmeiras onde canta o sabiá” e mais coisas que gorjeiam como não gorjeiam por lá e que fariam rir qualquer francês mal humorado. Somos paradoxais. Exportamos minério de ferro para a China que o industrializa transformando-o em chapas de aço usando metais outros que não raro seguem na carona do minério de ferro, como o nióbio e o manganês. Depois compramos as chapas de aço com um detalhe: O Brasil detém a tecnologia para industrializar o aço e temos o que é preciso para tanto. Aí fica a pergunta: a quem interessa vender ferro bruto pra comprar chapa Xing-Ling feita na China gerando emprego lá e desemprego e prejuízo aqui? Quem souber ganha uma ação preferencial da Vale.

No agro o Brasil dá também um show de paradoxismo. Somos campeões na produção de soja e 60% da produção nacional é vendida “IN NATURA” principalmente para a China e EUA – por que? – e somente 40% é esmagada para aproveitamento do óleo de múltiplos usos e seus derivados. O farelo de soja que seria somente um subproduto depois do esmagamento do grão é de longe a maior e a mais rentável parte do negócio soja. O óleo de soja é seu segundo e melhor negócio no ramo. Para lembrar nosso diesel brasileiro tem na sua composição o óleo de soja, ou seja, a tecnologia do biodiesel desenvolvida pelo Brasil, segue de graça, 0800, para quem compra grão in natura. E fazemos piada com o português.

Mas não fica apenas nisso de comprar e vender. Sobre o que não exportamos também há as jabuticabas. O mundo todo e até pilantras brasileiros sonham em ter uma Amazônia como reserva mundial a exemplo da Antártica ou dos oceanos. De novo apenas para lembrar, o maior aquífero do mundo, o SAGA, ou Sistema Aquífero Grande Amazônia com mais de 162 mil quilômetros cúbicos de água está na Amazônia. Uma das últimas florestas nativas do mundo é a Amazônia e 59% da extensão está em solo brasileiro. Ocorre que o Brasil conseguiu o feito “jumental” de contratar algumas mentorias de ONGs para cuidar da Amazônia e dos seus 20 milhões de habitantes. Sob a falácia de que é preciso preservar a “Amazônia pulmão do mundo”, ONGs picaretas como explicou o ex-ministro Aldo Rabelo armaram o bote e foram na busca de fundos internacionais de investimento para angariar recursos e manter a floresta em pé. Mentoria como se sabe é um negócio como outro qualquer que visa lucro, assim como a bandidagem e a picaretagem e que existe em qualquer organismo e no caso em pauta com as ONGs não foi diferente. Agora o que se vê é uma passada de pano na CPI das ONGs e um cabo de guerra entre Marina Silva a “voz da Selva” saindo de seu casulo, diretamente de seu apartamento em São Paulo “a selva de Pedra” e o choro contido com um providencial lenço do “misantropo do ABC” falando de meio ambiente, justo no Catar sobre a prospecção de petróleo na foz do Amazonas. Ora, faça-me o favor… Para o Brasil seria a porta de entrada no cartel da OPEP e para as ONGs e os ambientalistas de sofá, o inferno na selva, crime tão sério quanto enviar 20 Guaicurus para barrar a invasão do nosso território pela Venezuela, como entende o MPF que atua junto ao TCU. Talvez a grande “roubada” creio, do Dr. Lucas Furtado.

Como diz Lulu Santos, assim caminha a humanidade. Ou fechamos a porta para as ONGs e seus negócios que só a elas interessam, pois a grana fica nos seus cofres sem um pingo para melhorar a vida de quem vive nas palafitas de Manaus, ou vamos nos juntar a eles, esses espertalhões e ficar como pedintes de passando o chapéu e pedindo – VERGONHA! – dinheiro para continuar com a atual multiplicação virtual e mentirosa de tribos e quilombolas, que aparecem do nada sobre sítios de jazidas minerais ou criando óbices para obras como nossa BR319 perpetuando ações dos que desejam o que temos, inclusive nossa jabuticaba, a “Plinia cauliflora” que o sacana do Zé de Nana chama de “sonho de mulher sendeira”.

O ÚLTIMO PINGO

O previdente Hildon Chaves que estará em campanha no ano que vem, não quer encarar o imponderável e, vendo o mapa com problemas da terrivel seca que castigou os vizinhos Rio Branco e Manaus decidiu se antecipar com uma providência administrativa, declarando situação de emergência no município de Porto Velho por 90 dias que poderão ser prorrogados por mais tempo a depender das condições do rio Madeira. Deus ajuda a quem cedo madruga e é melhor prevenir do que remediar. Entendeu ou quer que desenhe?