Politização da pandemia deixa população ainda mais desorientada

Bastou o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro para que grande parte do comércio reabrisse as portas, mesmo não estando no grupo anunciado de novos segmentos. Nas ruas das cidades voltaram o fluxo de trânsito. Foi como se no Brasil, o controle epidemiológico fosse feito por palavras do tipo: agora tem vírus; agora não tem vírus. A fala do presidente causou repercussão internacional de forma negativa para o Brasil.

Ainda ontem, o ministro da saúde tentou amenizar, declarando que os casos estão dentro dos índices esperados e que ainda é importante o distanciamento social. Ou seja, ao contrário do presidente, as autoridades de saúde no Brasil e no Mundo ainda temem o risco de contaminação em massa, sendo que a Organização Mundial de Saúde também manteve o alerta.

Os casos de Covid-19 continuam subindo com a contaminação interna. Os riscos são maiores para a população idosa e classes de riscos. Porém, vale lembrar que o Brasil tem a quarta maior população diabética do mundo, sem contar outras pessoas com imunidade baixa devido a diversas outras doenças. Enfim, o risco ainda continua apesar de que o controle foi extrapolado.

Somente daqui uns 30 dias adiante é que saberemos se uma semana e meia foi suficiente para abafar a proliferação acelerada do coronavirus. Os profissionais de saúde alegam que as unidades hospitalares não possuem equipamentos suficientes para atender diversos pacientes caso ocorra a incidência elevada de Covid-19. Então, entre o ‘pode’ e o ‘não pode’, o bom é precaver e evitar os riscos de contaminação, tomando os cuidados que já estão bem difundidos para a população. O que podemos observar é que o caso de saúde virou elemento político-eleitoral.