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Diário da Amazônia

Por que a paixão pelo ofício “às vezes” fica em segundo plano?

Não perca o feeling da sua profissão, pois com certeza você precisará dela no aperto

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Publicado: 12/11/2018 às 08h21min

Conversando com alguns amigos mais próximos da área de comunicação e até mesmo de outras áreas, chegamos a seguinte conclusão: as pessoas atualmente só querem auferir vantagens e claro, ganhos altíssimos. O bate papo se referia aos jovens recém formados nas universidades que ao invés de tentarem trabalhar em suas áreas, se entregam a cargos que mais trazem retorno financeiro do que satisfação e realização na profissão escolhida. Ou seja, priorizam salário e não a formação acadêmica tendo em mente a seguinte constatação: Para que se preocupar em trabalhar no ramo estudado, já que no fim das contas, outros cargos (até mesmo sem exigência de nivel superior) dão um retorno financeiro bem maior?

Por exemplo, eu trabalho há alguns anos como Jornalista, Sociólogo, “às vezes professor” por causa do curso de Teologia, Letras (recentemente) e Mestrado. Além disso, um pouco como Cientista Social e Político por causa do Doutorado e um pouco na área jurídica, já que faço o curso de Direito. Todavia, nas profissões ao qual sou formado nunca elevei preço e priorizei apenas o dinheiro nas relações. Na verdade sempre foquei no bom resultado e claro, no desempenho das atividades  que para mim é o mais importante. Isso quer dizer que também sempre elevei o amor ás profissões, ou seja, nas escolhas que fiz e ainda faço nos cursos que me inscrevo. Sendo assim, nunca me senti frustrado pelas escolhas e muito menos às comparei com outros cargos que pagam salários maiores.

Mas hoje, poucos profissionais graduados se apegam a isso e muitos acabam nem trabalhando mesmo em suas áreas. Conheço várias pessoas que são formadas em Administração, Engenharia, Marketing, Publicidade, Ciências Contábeis e até mesmo Direito que estão totalmente fora de suas profissões por que não se dedicam e não querem ganhar o que suas áreas oferecem. Se um cargo oferecido para eles em um determinado lugar tiver um salário “aquém” do esperado, o que importa trabalhar na atividade formada não é mesmo? Esse é o pensamento “firme” de muitos conhecidos que tenho. Todavia, vale lembrar que mesmo em um cargo comissionado, ou mesmo em um emprego arranjado, a sua atividade deve ser sempre desempenhada e sabe porque? Por que um dia você precisará dela, não tenha dúvidas disso.

Do ano de 2014 para cá (período mais complicado na economia), o que mais vi foram pessoas se auto-reciclando em suas atividades “originais” porque perderam o emprego dos sonhos (na maioria dos casos arranjados em Governos, Prefeituras, Gabinetes de Políticos) e tiveram que se refugiar no que aprenderam nas faculdades. Muitos, aliás, vários estão até hoje reaprendendo a atuar novamente em suas áreas por que nunca se dedicaram de verdade ao ofício. Assim, fica claro que ao escolher uma profissão ou mesmo várias, como eu fiz com mais graduações, tente desempenhar um pouco de cada uma delas com muito amor e aprenda a se virar com elas para sobreviver no mercado.

Nos momentos difíceis,  apenas a sua formação acadêmica vai te salvar do ostracismo e também do túnel sem luz. Já passei por momentos onde o meu ofício de jornalista, por exemplo, só estava registrado na carteira e mais nada. Minhas atividades no local que eu laborava eram outras, ou totalmente outras e fora do Jornalismo. Mesmo assim eu continuei “por conta própria” atuando como repórter, redator de textos “freelancer” e assessor de imprensa para não perder o feeling da profissão. Continuei fazendo textos como Sociólogo, dando entrevistas e ajudando alunos de faculdade como Cientista Social, Teólogo e não larguei o meu curso de Direito, uma vez que muitos que trabalhavam comigo largaram seus cursos superiores alegando falta de tempo. Desta forma percebi o quão é importante estar sempre em dia com a profissão escolhida.

Em evidência

Graças ao amor e também gosto pelas profissões que me graduei, não desapareci do mercado. O bom foi que não deixei de lado a vontade de atuar tendo sempre o preparo para atender quem fosse. Assim, tenha sempre motivação na sua área e não deixe com que as pessoas diminuam o que você faz por causa de dinheiro. Mesmo que você se torne um político, um administrador de uma grande empresa ou um gerente de peso, um dia poderá ter que voltar a sua raíz. Lembre-se que nesse momento, sua profissão valerá ouro e estar em dia com ela te dará chances nesse mercado tão concorrido. Motivação: Por que a paixão pelo oficio “às vezes” fica em segundo plano? Não perca o feeling da sua profissão, pois com certeza você precisará dela no aperto. Não faça serviços de graça e eleve o amor à profissão que você escolheu. Pense nisso.



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